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Menina de 10 anos com doença rara comove médicos durante tratamento

G1

Uma menina de 10 anos que mora em Jacupiranga, no interior de São Paulo, necessita de transferência com urgência para um hospital de grande porte que atenda pelo SUS e tenha especialistas de diversas áreas para cuidar do problema de saúde da jovem, que tem má-formação nos vasos sanguíneos e pneumonia. Os pais e médicos da jovem tentam encontrar um novo local para o tratamento da doença.

A menina Alanis Santos Vaz, que está internada na UTI do Hospital Regional Leopoldo Bevilacqua, em Pariquera-açu, teve um forte mal estar no dia 21 de agosto e, em seguida, um desmaio. “Eu estava trabalhando. Me ligaram e falaram para eu correr que a Alanis estava passando mal. Estava vomitando e nessa ela desmaiou. A hora que eu cheguei no hospital ela já estava sendo medicada”, diz o pai da menina Paulo Teixeira Vaz.

O primeiro diagnóstico dado pelos médicos foi o rompimento de uma veia no cérebro, e o quadro da menina foi piorando a cada dia. Durante o período a paciente já passou por três cirurgias. “Todas as noites estou aqui do lado, vendo o sofrimento dela. O que mais dói na gente é o sofrimento do filho. E está sendo assim, todo dia aqui no hospital esperando que ela melhore”, conta mãe de Alanis Mônica Corrêa Santos.

A paciente ocupa um dos nove leitos que o hospital tem, e segundo a equipe médica, ela precisa ser levada para um hospital de grande porte com urgência. Os médicos dizem que mesmo o hospital não tendo uma UTI pediátrica, a menina vem sendo acompanhada de perto. Todos os dias a equipe tenta removê-la para outra região. O problema é que é difícil encontrar vagas em hospitais do SUS que tenham todas as oportunidades que a menina precisa. “É uma paciente grave, tem uma série de más formações, e tem uma pneumonia por aspiração. Ela necessita de uma vaga em um serviço multidisciplinar que possa suportar essas patologias todas, que possa tratar essas doenças todas”, explica o médico nefrologista Radi Gerbara Neto.

Os médicos ainda reforçam que o quadro de saúde de Alanis é estável para fazer a transferência. “Por isso que a gente está fazendo todos os esforços correndo para ver se a gente consegue transportá-la nessa situação”, diz o chefe da neurocirurgia, José Iran Miranda.

A mãe da menina aguarda a transferência. “O medo da gente é que ela fica esperando, esperando, e cada dia ela piora e não aguenta. São dois meses já que ela está sofrendo. É esse o nosso medo”, conta a mãe.

Em nota, a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) do Estado de São Paulo informa que o caso da menina é extremamente complexo e raro, por envolver um delicado problema de má-formação congênita dos vasos sanguíneos. Ainda de acordo com a nota, a paciente precisa de internação específica em uma UTI de hospital de ensino com especialização neste tipo de tratamento. A Cross já acionou os hospitais especializados para que a paciente possa ser transferida o quanto antes.

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