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Corinthians suporta pressão e garante final na Copa do Brasil

UOL Esportes

Na véspera da partida, o capitão corintiano William disse que era um perigo manter o Vasco vivo até o final do jogo. Foi o que aconteceu no Pacaembu. Em sua apresentação mais discreta na Copa do Brasil, o Corinthians fez sua torcida sofrer até o último minuto, como ela mais gosta. Com o empate por 0 a 0 com os cariocas, o time de Mano Menezes avançou à final do torneio graças ao gol marcado por Dentinho no confronto de ida, no Maracanã.

O adversário corintiano em sua quinta decisão da Copa do Brasil será o Inter, justamente seu concorrente no último título nacional, o Campeonato Brasileiro de 2005. Será a chance de descontar a perda do torneio em 2008, diante do Sport, na Ilha do Retiro.
Mano havia advertido que o fato de o Vasco estar na Série B não facilitaria a situação de seu time. E o que se viu foi um jogo pegado, nervoso e com riscos para ambos os lados.

Assim como aconteceu nos clássicos do Campeonato Paulista, o técnico corintiano destacou Cristian para acompanhar o principal jogador do rival, no caso, Carlos Alberto. Logo aos 2min, o volante dividiu forte com o meia e os dois travaram áspera discussão, em uma prévia do que seria a disputa.

Com a novidade da improvisação do zagueiro Diego na vaga de André Santos e a cada vez mais frequente inibição de Douglas, o Corinthians perdeu a saída de bola pela esquerda e dependeu exclusivamente da chegada de seus volantes e da genialidade de Ronaldo. O centroavante quase abriu o placar aos 5min com um toque de letra que saiu por cima do gol. Depois, levou a torcida à loucura ao balançar seguidas vezes diante de Amaral e deixar o vascaíno sentado.

Inferior tecnicamente ao rival, o Vasco não soube aproveitar o espaço deixado para as subidas de Léo Lima, mas compensou com a eficiente bola parada do lateral-direito Paulo Sérgio. Aos 23min, ele cobrou escanteio com capricho para Élton, que cabeceou forte e com direção. A boa fase de Felipe evitou que o Corinthians ficasse em desvantagem logo no primeiro tempo.

Os cariocas voltaram para o segundo tempo com a bola no chão e marcação adiantada na saída de bola corintiana. O reflexo disso foi pressão constante nos primeiros minutos e vantagem de Paulo Sérgio e Ramón sobre os defensores. A bola cruzava a área corintiana de um lado para o outro, dando trabalho para Chicão e William.

Quando sua equipe envolvia facilmente o sistema de defesa do rival com o toque de bola, Dorival Júnior trocou o rápido Rodrigo Pimpão pelo grandalhão Edgar. As bolas altas voltaram a ser a principal arma. Aos 19min, Nilton deixou o Pacaembu em silêncio ao cabecear escanteio cobrado por Ramón rente à trave esquerda de Felipe.

susto acordou o Corinthians, que, com Boquita no lugar do desgastado Jorge Henrique, ganhou consistência no meio-campo e criou três lances perigosos em seguida. Em novo lance pelo alto, Edgar ajeitou com o peito e, antes de cabecear, viu Felipe fazer um milagre para garantir a classificação. Ronaldo também perdeu gol feito ao sair na cara de Prass e ser desarmado. O Corinthians manteve-se sem tomar gols em casa na Copa do Brasil, mas nenhum torcedor pode se queixar de falta de sofrimento.
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