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Para Marta, Lula ter escolhido Haddad foi opção 'mais difícil e certa'

G1



A ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT-SP), afirmou nesta terça-feira (30) que a escolha do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva pela candidatura de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo foi o caminho mais "difícil e certo". Haddad venceu no último domingo (28) a disputa contra o tucano José Serra.

Antes do PT definir o candidato, Marta chegou a manifestar interesse em concorrer à prefeitura, mas Lula defendeu a candidatura de Haddad, que disputou pela primeira vez uma eleição.

“Eu acredito que o presidente Lula teve um tiro político, mas eu achei extraordinário, porque a escolha mais fácil era a minha, que poderia ter ganhado numa situação até mais fácil. Mas ele escolheu a forma mais difícil e era a mais certa, pela renovação”, disse a ministra, após participar de audiência no Senado.

No início de setembro, logo que anunciou sua entrada no grupo de apoio à candidatura de Haddad, Marta foi chamada pela presidente da República, Dilma Rousseff, para assumir o ministério da Cultura, no lugar de Ana de Hollanda. Marta sempre negou oficialmente que tenha assumido o ministério em compensação pelo apoio à candidatura de Haddad que, segundo ela, era um risco para o partido.

“Foi um risco enorme do presidente [candidatura de Haddad],e mostra sua ousadia e sua coragem, porque São Paulo é São Paulo. Era uma situação difícil, [...] em nenhum momento ele [Lula] titubeou”, disse a ministra.

Marta afirmou que, mesmo que quisesse ser candidata, não conseguiria contrarir a decisão do ex-presidente da República.

“Acho que sempre foi muito difícil contrariar o presidente Lula. Aliás, eu não lembro de muita gente ter contrariado o presidente Lula, e depois disso [eleição do Haddad], as pessoas vão pensar duas vezes. Realmente, a capacidade, a intuição política que ele tem é muito grande”.

A ministra ainda afirmou que, independentemente do apoio de Lula, Haddad tinha competência para concorrer à prefeitura da capital paulista. “O Haddad era o melhor, tinha um programa muito melhor, tinha um partido atrás e tinha alguém com experiência que passava isso também: serenidade no meio de tanto insulto e desaforo”, disse.


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