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Bancada será neutra em relação a Haddad, diz líder do PSD na Câmara

G1

 O líder da bancada do PSD na Câmara Municipal de São Paulo, Marco Aurélio Cunha, disse nesta terça-feira (30), após conversa com o prefeito e presidente do partido,Gilberto Kassab, que a bancada deverá adotar posição neutra em relação ao fututo governo de Fernando Haddad (PT), que começa em janeiro de 2013.

Segundo ele, a posição da bancada no momento deve ser válida para o ano que vem e tem endosso de Kassab, que deu liberdade para os vereadores decidirem. "Ele disse que a opção é toda nossa", afirmou. "Ele pode até sugerir e acho que podemos ouvi-lo por causa do tino político que ele tem", complementou o vereador.

O PSD terá uma bancada de oito vereadores a partir de 2013 e pode ser um aliado importante para garantir maioria a Haddad na Câmara, composta por 55 vereadores. Marco Aurélio disse que vai apoiar projetos de interesse da cidade e quer liberdade para votar contra quando achar que a ideia não é boa. "O PSD não será um partido de porta fechada, estanque, oposição por oposição", afirmou. "Tem hora que vamos concordar, tem hora que vamos ajudar, tem hora que vamos reclamar", afirmou.

Marco Aurélio afirmou que o partido não negocia participação no governo Haddad e que o relacionamento do PSD com o governo Dilma Rousseff não vai interferir na posição da legenda em São Paulo. "Somos um grupo em que o diálogo é a melhor opção", afirmou. O líder da bancada afirma também que os vereadores terão liberdade para se posicionar. "Há liberdade para seguir. Vamos tentar ser o mais democráticos possível", afirmou.

Embora o PSD tenha apoiado José Serra, está disposto a manter o bloco formado na Câmara com o PSB, que tem três vereadores eleitos e é um dos partidos que integraram a coalizão que elegeu Haddad. "O bloco se fortalece. Fica claro que não estamos em busca de adesão", disse Marco Aurélio.

Outros partidos

O vereador Milton Leite (DEM), afirmou ao G1 na tarde desta segunda-feira que o partido “está refletindo” sobre que posição adotar a partir de 2013. “Primeiro vamos cuidar da Câmara”, disse Leite, em referência à importância de garantir a governabilidade. Ele, no entanto, disse que ainda é cedo para definir qual postura será adotada. “Ainda tem gente lambendo as feridas e outros soltando rojões”, afirmou. O DEM terá dois representantes no próximo mandato.

Já o líder do Partido da República (PR), o vereador Aurélio Miguel, afirmou que o partido vai entrar em uma “fase de conversas”. Ele manteve a mesma linha de discurso de Leite de afirmar que ainda é cedo. “A eleição nem bem terminou”, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa. O PR terá quatro vereadores. Um fator que aproxima a aliança entre PR e PT é o fato de o Partido da República compor a base do governo Dilma Rousseff.

Outros partidos que apoiaram Serra podem ser atraídos para a coalizão petista. É o caso do PV, do PTB. O PRB, de Celso Russomanno e que como o PR faz parte da base do governo Dilma em nível federal, também é um forte candidato a integrar a base de Haddad.

Já PSDB, PSOL e PPS devem compor a oposição na Câmara.
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