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Estudo relaciona pigmento que deixa cabelo ruivo com câncer de pele

Bem Estar

O pigmento responsável pela cor do cabelo em pessoas ruivas pode contribuir para a formação de melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele, sugere um estudo publicado por cientistas americanos e alemães na revista "Nature" desta quarta-feira (31).

A pele branca desses indivíduos já precisa naturalmente de maior proteção contra os raios ultravioleta (UV) do sol. Mas, em testes com camundongos ruivos, os autores – liderados por David Fisher, do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA – perceberam que animais muito claros e com sardas não precisam se expor à radiação para ter câncer.

Isso porque esses bichos têm uma dificuldade natural de produzir um pigmento de cor castanha ou preta chamado eumelanina, que ajuda a bloquear os efeitos prejudiciais da radiação e eventuais lesões ao DNA das células.

Por outro lado, as cobaias fabricavam outro tipo de pigmento, a feomelanina, de cor amarela ou vermelha. Como essa maior predisposição ao melanoma não foi vista em camundongos albinos, os pesquisadores atribuem a alta incidência de câncer de pele em animais ruivos à feomelanina, que causaria oxidação e danos às células.

Além do Hospital Geral de Massachusetts, participaram do estudo o centro de câncer e vacinas Instituto Wistar, na Filadélfia, e as universidades Yale, da Califórnia, de Kentucky e de Ulm, na Alemanha.

O melanoma é um tipo maligno de tumor que atinge a camada mais superficial da pele – a epiderme – e responde por 5% do total de casos de câncer de pele. Acomete as células chamadas melanócitos, que produzem a melanina, pigmento que dá cor à pele e se divide em eumelanina e feomelanina.

O melanoma é uma doença considerada altamente perigosa, porque tem alto risco de sofrer metástase, ou seja, espalhar-se rapidamente para outros órgãos do corpo.

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