Os diretórios estaduais maranhenses do PSDB, PT e PSB entraram com recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a decretação da perda do mandato da governadora licenciada do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), por suposta infidelidade partidária.

Os partidos argumentam que a governadora deixou o PFL, hoje DEM --partido pelo qual se candidatou em 2006--, e assumiu o governo filiada ao PMDB, o que configuraria a infidelidade.

Roseana ficou em segundo lugar no pleito de 2006, mas foi empossada como governadora em abril deste ano devido à cassação do mandato do eleito, Jackson Lago (PDT), por prática de abuso de poder político.

Em sua defesa, a governadora licenciada argumenta que os partidos não têm legitimidade para propor o pedido --quem poderia reclamar o cargo seria o DEM, mas a legenda "não está a reclamar pelo prejuízo".

Além disso, Roseana alega que disputou o cargo pela coligação formada pelo então PFL e pelo próprio PMDB.

Na defesa, ela reitera ainda que mudou de legenda antes da determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de que o mandato pertence ao partido.

Licença

Roseana está de licença médica e deve ficar afastada por cerca de 30 dias. O vice, o economista João Alberto de Souza (PMDB), 73, assumiu o cargo durante o período.

A governadora licenciada passou ontem por uma cirurgia, que durou cerca de quatro horas, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para clipagem (procedimento para que a artéria volte ao normal) de um aneurisma cerebral.

Segundo o último boletim do hospital, o quadro de saúde de Roseana é considerado ótimo.