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Raikkonen espera que triunfo dê moral à Lotus e prevê noite de festa

Globo Esporte

Após renovar durante a semana com a Lotus para 2013, Kimi Raikkonen admitiu o incômodo por bater na trave diversas vezes e não subir ao alto do pódio na temporada que marcava seu retorno à categoria depois de dois anos de rali: “Não estou 100% feliz. Voltei à Fórmula 1 para ganhar”. Mal esperava ele que a vitória viria logo neste domingo, no GP de Abu Dhabi.

Conhecido pelo estilo frio, o “Iceman” quebrou a gelo com a vitória no circuito de Yas Marina: vibrou no rádio, celebrou no pódio com muito champanhe e ainda esboçou um sorriso no pódio. Na coletiva imprensa, brincou com a fama de “tô nem aí”. Conhecido por apreciar “bons drinks”, ainda planejou uma longa noite de celebração.

- Na última vez, ficaram me criticando porque não sorria o suficiente. Talvez, dessa vez também não, mas digo que estou muito feliz com o time e comigo. Tem sido uma temporada difícil. Tomara que isso dê mais confiança não somente para o pessoal que trabalha na fábrica, mas também para os que comandam a equipe. Espero que isso vire a mesa e nos dê outras boas corridas e vitórias. Com certeza faremos uma boa festa hoje. Espero que amanhã, quando todos estiverem mal após uma longa noite, nos lembremos de como nos sentimos bem – brincou o “Homem de Gelo”. Ele ainda deu um show à parte na primeira parte da corrida quando, avisado pela equipe que Alonso se aproximava, respondeu: "apenas me deixe em paz, sei o que fazer".

O triunfo coroa a regularidade de um piloto que pontuou em 17 dos 18 GPs. Raikkonen passou raspando em diversas ocasiões. Antes de Abu Dhabi, tinha subido no pódio seis vezes, três em segundo e outras três em terceiro. A tão aguardada vitória veio após herdar a primeira posição de Lewis Hamilton, da McLaren, que abandonou com problemas na pressão do combustível. Foi seu 19º triunfo na carreira. O último havia sido no GP da Bélgica de 2009. A prova marcou também a 80ª vitória da marca Lotus na categoria, encerrando um jejum de 25 anos desde o feito de Ayrton Senna no GP dos EUA de 1987. A lendária equipe fundada por Colin Chapman havia deixado a F-1 em 1994 e teve o nome resgatado através da antiga Renault.

Raikkonen é o terceiro colocado no campeonato com 198 e não tem mais chances de título. A briga está entre Fernando Alonso e Sebastian Vettel, os dois pilotos que formaram o pódio com ele neste domingo. O alemão da RBR tem 255 pontos, contra 245 do espanhol. Restam dois rounds na luta para ver quem será consagrado tricampeão mundial: o GP dos Estados Unidos, no dia 18 de novembro, e o GP do Brasil, que fecha a temporada uma semana depois.

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