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Cabelo alongado requer manutenção e cuidados para evitar danos aos fios

G1

Ter o cabelo comprido e volumoso é o sonho de grande parte das mulheres, principalmente aquelas que não tiveram a natureza a favor. Para concretizar essa vontade, muitas delas recorrem ao alongamento ou extensão capilar.

No entanto, essas técnicas nem sempre dão certo e a falta de cuidados e manutenção pode causar danos irreversíveis aos fios, como explicou a dermatologista Márcia Purceli no Bem Estar desta terça-feira (6). O pior problema que pode acontecer é a alopecia traumática, que causa falhas no cabelo ou pode até deixar a pessoa careca para sempre.



Isso acontece porque, quando o cabelo é puxado, ocorre uma inflamação do folículo e os fios param de crescer, problema causado também pelo uso constante de cabelos presos ou trançados. Geralmente, a parte da frente da cabeça é a que mais sofre com a queda porque é a região onde nascem menos fios por folículo, mais exposta à poluição, sol e doenças do couro cabeludo.

Para evitar esses problemas, é essencial respeitar o período de manutenção indicado pelo profissional após o alongamento; em média, de dois a três meses entre uma aplicação e outra. Para proteger mais ainda os fios, é importante deixar o cabelo “respirar” por pelo menos três meses por ano, sem nenhuma extensão. Caso isso não seja feito, o fio amarrado pode se desgastar e quebrar.

É importante também saber se o tipo de cabelo é favorável ao uso do alongamento. Por exemplo, fios muito finos, fracos, quebradiços ou com muita química não devem fazer o procedimento porque o peso das mechas aplicadas pode favorecer a queda.

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Caso o cabelo não tenha nenhum desses problemas e a pessoa optar pelo alongamento, existem algumas técnicas diferentes, como explicou a cabeleireira Jô Nascimento.

Uma delas utiliza uma cola de queratina para juntar os fios naturais à extensão e é um dos métodos mais delicados; o problema pode aparecer caso o profissional não saiba aplicá-lo corretamente, fazendo com que o fio caia da raiz na hora de retirar a cola.

A manutenção é importante principalmente nesse caso e o ideal é retirar e colocar novamente a extensão, em média, a cada dois meses. Quanto mais passar o tempo, mais dura fica a cola de queratina e mais pressão o cabeleireiro terá que fazer para retirá-la.

Já o método do ponto americano usa uma espécie de costura das mechas umas ao lado das outras junto com uma base de tela colocada em alguns pontos da cabeça. É ideal que esse procedimento seja feito em pessoas com cabelos cheios e até os ombros, para que a tela não apareça.

O entrelaçamento também utiliza uma tela, mas os fios originais ficam trançados e grudados no couro cabeludo. Como o cabelo fica trançado embaixo da tela, esse procedimento faz com que a cabeça fique muito úmida, o que pode provocar mofo caso não sejam tomados os cuidados necessários. Nesse caso, é importante secar sempre bem os cabelos, não deixar resíduos de creme na cabeça e evitar dormir com ele molhado.

Normalmente, o entrelaçamento é feito em cabelos afro, assim como a técnica fio a fio. Nesse método, o fio é amarrado à extensão por um fio elástico com um tom de cor diferente para que o cabeleireiro consiga diferenciá-lo na hora de retirar as mechas. Essa técnica é a que mais traciona os fios, por isso não deve ser aplicada na região da frente da cabeça.

O cuidado maior, nesse caso, é com a amarração e com a força usada na hora de apertar o elástico. Caso o profissional amarre muito forte, o couro cabeludo pode inflamar e a pessoa pode ter feridas na cabeça; um dos sinais de que a amarração foi exagerada é a dor após a colocação da extensão.

Seja qual for a técnica, é importante que a pessoa faça um planejamento financeiro para administrar os gastos que terá enquanto estiver usando o alongamento. O procedimento é caro e exige manutenção constante, inclusive para comprar novos cabelos.

Essa compra, inclusive, também requer alguns cuidados e exige boa observação para identificar se o cabelo está em boas condições de higiene ou se não está mascarado por camadas de silicone. A dica da cabeleireira Jô Nascimento é desconfiar de preços baratos: cabelo de boa qualidade é sempre caro.
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