O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, disse ontem que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, tem todo o direito de criticar o estádio do Morumbi, que almeja receber a abertura da Copa do Mundo-2014.

Em entrevista ao jornal "O Globo", Valcke afirmou que o estádio paulistano está fora dos padrões exigidos pela entidade e levantou até mesmo a possibilidade de uma nova arena ser levantada para a competição.

Uma outra hipótese levantada por Valcke seria reduzir a capacidade do Morumbi para 45 mil espectadores, 17 mil a menos do que o planejado pelo São Paulo. Caso isso aconteça, o estádio não poderá abrigar a abertura da Copa --o regulamento exige capacidade mínima para 60 mil pessoas.

Segundo o São Paulo, no entanto, o Morumbi vai ter sua capacidade reduzida de 72 mil para 62 mil lugares, o que viabilizaria a abertura da Copa no estádio.

"A CBF não falou nada e muito menos o Comitê Organizador da Copa-2014. A declaração foi feita por quem pode fazer, que é o secretário-Geral geral da Fifa, Jérôme Valcke. Ele é quem está responsável por toda a análise das Copas de 2010 [África do Sul] e 2014. Ele tem todo o direito de fazer esses comentários", disse Teixeira.

Tecnicamente, o projeto de reforma do Morumbi apresentado pelo arquiteto Ruy Ohtake à Fifa não propõe intervenções profundas. Sendo assim, persistem problemas de visibilidade para o espectador (pontos cegos), mau posicionamento do setor de imprensa e dos camarotes, vagas escassas para o estacionamento, entre outros.

De acordo com o presidente da CBF, somente no seminário que reunirá as 12 cidades escolhidas para a sede da Copa do Mundo de 2014 é que o Comitê Organizador do Mundial brasileiro tomará ciência e discutirá sobre as mudanças necessárias nos projetos apresentados.

O encontro começa na segunda-feira e será realizado em um hotel da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.