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Ex-mulher de Bruno fala à polícia sobre morte de irmã de 'babá'

G1

 A ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, Dayanne Rodrigues, presta depoimento na manhã desta quinta-feira (8) na Delegacia de Homicídios de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Civil, ela depõe a respeito do inquérito da morte da irmã da mulher que cuidou do filho do goleiro com a ex-amante, Eliza Samudio. O fato aconteceu na mesma época do desaparecimento de Eliza.

O delegado Márcio Rocha disse que Dayanne foi intimada para confirmar ou refutar as declarações do atleta e do principal suspeito do crime. O suspeito declarou à polkícia que Bruno é o mandante do assassinato e que a vítima era babá dos filhos de Dayanne, no Rio de Janeiro.

Durante depoimento do goleiro, nesta terça-feira (6), na mesma delegacia, Bruno negou as declarações do suspeito.
No dia 22 de outubro, dois suspeitos do crime foram presos. Ainda segundo a polícia, a vítima teria sido confundida com a irmã, Geisla Leal, no dia do assassinato.

Segundo a Polícia Civil, Graziele Beatriz Leal foi morta na casa de Geisla, no bairro Liberdade, na em Ribeirão das Neves, na Grande BH, em janeiro de 2011. A polícia afirmou que Geisla Leal estava sendo procurada pelos suspeitos por um suposto envolvimento com tráfico de drogas.

Além dos dois presos, um terceiro homem, que está na prisão por envolvimento em outro assassinato, também é suspeito do crime.

Geisla é uma das pessoas citadas no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Segundo a polícia, ela teria cuidado do filho de Eliza no início de junho de 2010, mesma época em que a jovem desapareceu.

Caso Eliza Samudio

O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Para a polícia, a ex-namorada do jogador foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o garoto mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

Entenda as acusações

Em 19 de novembro, Bruno Fernandes e mais quatro réus serão julgados no Tribunal do Júri de Contagem. O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, que morreu neste ano, mas ele respondia ao processo em liberdade. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e o outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG).

Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.

O julgamento de Elenilson Silva e Wemerson Marques será realizado em data ainda não confirmada.
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