Imprimir

Notícias / Brasil

Suspeito de ordenar mortes de PMs em SP é transferido para Rondônia

G1

A transferência de presos envolvidos em assassinatos de policiais para presídios federais foi uma das medidas definidas em uma reunião no começo da semana entre governos do estado e federal para conter a onda de violência em São Paulo.

A primeira transferência foi de um dos líderes do tráfico na favela de Paraisópolis Francisco Antonio Cesário da Silva, conhecido como Piauí. “O principal indicativo de transferência é estar envolvido em mortes de policiais militares. No caso dele havia informações testemunhais dando conta que ele estaria à frente dessa ação covarde e criminosa contra policiais”, declarou Marcos Carneiro, delegado geral da Polícia Civil - SP.

Outra medida é o reforço no patrulhamento nas favelas. A operação Saturação já se estendeu por outras regiões da capital paulista e ainda Guarulhos, na região metropolitana. "O nosso objetivo aqui, além de coibir o tráfico, retirar armas e procurar suspeitos, é impedir o fluxo financeiro para as organizações criminosas", comentou coronel Glauco Silva Carvalho, comandante do policiamento de Guarulhos.

Da noite de ontem para manhã desta quinta-feira (8) foram registrados mais dez assassinatos. Três suspeitos foram mortos por policiais depois de tentativas frustradas de assalto. Em dois casos a polícia ainda investiga o que aconteceu.

Acompanhe o Jornal Hoje também pelo twitter e pelo facebook.

Três homens foram mortos em ataques: um estava chegando em casa e dois foram mortos em confronto com guardas civis de Cotia. Eles atacaram a guarda civil, que reagiu. Os guardas passaram a manhã no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa para prestar depoimento.

Eles não quiseram gravar entrevista porque estão com receio de ficarem ainda mais expostos. À reportagem do Jornal Hoje, eles contaram que, ontem muito antes do ataque, já estavam recebendo telefonemas anônimos ameaçadores.

Um policial militar foi assaltado em Santo André. Ele foi socorrido e levado a um hospital onde passou por uma cirurgia e não corre risco de morrer. Em entrevista ao repórter Roberta Paiva, uma mulher conta o que viu. “Atirou pra matar, pegou bala, pegou quatro nele e uma no carro”.

A polícia prendeu dois suspeitos de terem atirado nos filhos de um ex-policial da rota foram presos. Um dos irmãos morreu, o outro está internado. Segundo a polícia, Carlos Alberto Contratesi é o dono do taxi que aparece em imagens do sistema de segurança de um prédio. “Levantamos o endereço da casa dele, o telefone. Fomos até a casa e ele não estava e pelo telefone marcamos uma corrida com o mesmo, deu certo e nós o detivemos”, contou o delegado.

Luiz Rodrigues de Oliveira é o homem que fez os disparos. Os dois foram reconhecidos por uma testemunha. O ex-policial da Rota, pai dos rapazes baleados, não sabe o que pode ter motivado o crime. “Duas pessoas totalmente desconhecidas, pra mim. O que dá a entender é um matador que saiu na rua pra cometer atrocidades”.

O governador Geraldo Alckmin disse nesta tarde que o Instituto de Criminalística e o governo federal já estão trabalhando juntos para apertar o cerco contra o tráfico.
A perícia e o Instituto de Criminalística trabalham para fazer um mapeamento do tráfico e saber qual a origem das drogas.
Imprimir