Alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Alkindar Brasil, em Guajará-Mirim, RO, precisam enfrentar calor médio de 35ºC. As salas de aula da escola, que foi entregue em abril após reforma que custou R$ 3 milhões, não possuem refrigeração. Para amenizar o calor, ventiladores de uso doméstico foram improvisados. Há salas com dois aparelhos e outras com apenas um. Cada sala de aula tem 35 alunos.

“É uma dificuldade imensa. Tem dois ventiladores na sala. O da frente quebrou, só funciona o que fica atrás. Às vezes não tem aula, às vezes vamos para baixo de um pé de jaca, para o pátio ou a gente morre de calor. Então é muito complicado. Ninguém consegue prestar atenção na aula”, reclama Giovana Anpessam Guastala, aluna do 9º ano.

Embora a situação preocupe a direção da escola, a entrega dos equipamentos para a refrigeração das salas de aula está prevista apenas para o inicio de 2013, segundo afirma a vice-diretora, Maristela Souza Dias. Enquanto isso, os horários das aulas continuam reduzidos, alternativa adotada para amenizar o sofrimento dos alunos.

'Menino desmaiando'
“Antes de diminuirmos o horário das aulas, era menino [alunos) desmaiando todos os dias. Uma correria para socorrer alunos e professores passando mal”, diz Maristela.

O baixo rendimento das crianças devido ao calor também é enfatizado pela vice-diretora. “Os alunos não conseguem se concentrar. O professor não consegue dar uma boa aula. Como é que você vai ter um bom aprendizado, um bom resultado? Fica difícil”, diz.

A coordenadora da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) em Guajará-Mirim, Cristiane Ferreira, disse que as empresas, uma de Porto Velho e outra de Rio Branco, AC, que venceram o processo de licitação para fornecimento de centrais de ar-condicionado ainda estão dentro do prazo para a entrega do equipamento.