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Câmeras de vídeo em ônibus dividem opinião de usuários de Porto Velho

G1

As câmeras de vigilância instaladas em ônibus coletivos dividem a opinião de usuários em Porto Velho. "Não acho que ajude", diz a secretária Francisca Alves. O soldador Valdiclei garante se sentir mais seguro com a medida. "Ajuda muito na segurança", diz ele.

Cerca de 60% da frota de uma das empresas de transporte coletivo da capital possue câmeras de monitoramento.

Segundo o diretor da empresa, Ronaldo Marciano, o caso mais grave registrado pelas câmeras de segurança foi no ano de 2010. "Um assaltante entrou no ônibus e anunciou o assalto. O motorista acabou reagindo e o assaltante atirou. Por pouco a bala não o acerta", conta.

Passageiros
Usuária do transporte coletivo da capital, Francisca Alves não acredita na eficiência do sistema de vigilância. "Não acho que inibe a ação dos bandidos. Até porque ninguém nunca acaba preso. Como é que vão identificar alguém com essas imagens?", questiona.

Valdiclei acha que câmeras ajudam na segurança
(Foto: Larissa Matarésio/G1)

Entretanto, tem quem se sinta mais seguro. "Com certeza ajuda muito. As pessoas ficam mais alertas e quando vem que tem câmera não fazem nada de errado", diz o soldador Valdiclei Maciel da Silva.

Quem concorda com isso é a aposentada Maria José Oliveira. "A gente se sente mais seguro sabendo que está tudo sendo filmado. Desse jeito quem chega mal intencionado dentro do ônibus prefere ir embora sem fazer nada com a gente", fala.

Valdemarina Desmarate também acredita que a medida ajude. "Eu nunca fui assaltado e acho que isso é reflexo das câmeras", diz.

No dia a dia
O motorista de ônibus há mais de 10 anos, Jorcinaldo de Oliveira diz que as câmeras o fizeram se sentir mais seguro. "Quando eu trabalhava em Belém (PA), em uma empresa que não tinha câmeras, eu passei por cinco assaltos, colocaram até a arma na minha cabeça. Aqui em Porto Velho, eu nunca passei por essa situação, e acredito que isso tem a ver com as câmeras. Me sinto muito mais seguro", afirma.

Assaltos, furtos e fraudes são algumas das ocorrências que diminuíram, consideravelmente, dentro dos ônibus de Porto Velho desde que a empresa passou a investir em circuitos de câmeras de monitoramento, em 2000. "Até fraude dos próprios funcionários nós já conseguimos detectar com o sistema de vídeo", relata o diretor da empresa, Ronaldo Marciano.

No último ano, a empresa que transporta em torno de 52 mil pessoas e roda 23 mil quilômetros por dia, não teve nenhum caso grave flagrado pelo circuito, segundo o diretor. "O fato de ter uma câmera e as pessoas saberem disso, coibe muito a ação de qualquer criminoso que queria agir dentro do veículo", diz Ronaldo Marciano.
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