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Premiê britânico tenta manter cargo após perder quatro ministros

AFP

O premiê britânico, Gordon Brown, no centro de uma tormenta política após a demissão de seis de seus ministros, tenta nesta sexta-feira salvar seu cargo promovendo alterações em seu governo, enquanto os trabalhistas se preparam para pesadas perdas nas eleições locais.

O mais recente capítulo desta crise que ameaça derrubar Brown foi a renúncia, na manhã desta sexta-feira, do ministro da Defesa John Hutton, ligado ao ex-primeiro-ministro Tony Blair, oficialmente por "motivos familiares". Ele se tornou o sexto membro do governo, e o quarto membro do gabinete --que reúne os principais ministros-- a abandonar o barco em apenas quatro dias.

Mas, ao contrário do ministro do Trabalho, James Purnell, que anunciou a sua demissão na noite desta quinta-feira (4) após o encerramento da votação das eleições locais e europeias, Hutton não havia pedido ao primeiro-ministro para deixar o seu posto. "Foi uma decisão difícil de tomar", explicou à BBC, reafirmando que se tratava de uma decisão pessoal e não de uma desavença com o primeiro-ministro. "Há um caminho depois da política e espero aproveitá-lo com um pouco de sorte", acrescentou.

Essas revelações foram feitas no momento em que um remanejamento ministerial estava em curso nesta sexta-feira. O novo governo deverá ser anunciado durante o dia.

Segundo parte da imprensa, o atual ministro da Saúde, Alan Johnson, um potencial sucessor de Brown, será nomeado para o Interior, substituindo Jacqui Smith, atingida pelo escândalo da farra dos gastos com dinheiro público. Hutton deverá ser substituído na Defesa pelo atual ministro para a Irlanda do Norte, Shaun Woodward.

Outros grandes ministérios não deverão sofrer alterações, segundo fontes. Alistair Darling deverá ficar em Finanças, David Miliband nas Relações Exteriores, Jack Straw na Justiça e Peter Mandelson no Comércio.

O remanejamento ocorre no dia seguinte à renúncia de um quinto membro do governo de Brown, James Purnell, ministro do Trabalho e da Previdência. Purnell desafiou Brown, em uma carta aberta, ao deixar seu posto "pelo bem do Trabalhista".

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