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Ações dos EUA para ajudar economia "começam a fazer diferença", diz Biden

Folha Online

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira que, apesar de não estar satisfeito com os números do mercado de trabalho americano referentes a maio --perda de 345 mil empregos e taxa de desemprego em 9,4%--, há sinais de que as ações do governo para "colocar a economia de volta nos trilhos estão começando a fazer alguma diferença".

O corte de empregos no mês passado ficou muito abaixo do esperado --perda de 530 mil vagas-- e também abaixo dos cortes feitos em abril --504 mil. A perda em maio foi a menor desde setembro do ano passado, mas a taxa de desemprego foi a maior desde agosto de 1983, quando chegou a 9,5%.

"Não espero que isso satisfaça ninguém. Eu não estou satisfeito. O presidente [Barack Obama] não está satisfeito (...) E, particularmente, isso não satisfaz ninguém que esteja tentando seguir adiante", disse Biden.

"Nossa meta não é uma taxa menor de perdas de emprego. Não é assim que vamos medir o sucesso. Não ficaremos satisfeitos até podermos criar empregos em ritmo mensal, oferecer aos americanos empregos estáveis e garantir que todos que queiram trilhar o caminho rumo à classe média tenham uma chance", afirmou.

O vice-presidente lembrou que o pacote do governo Obama já ajudou a dar novo impulso à atividade econômica e à criação de empregos em todos os Estados do país. Ele destacou os US$ 11 bilhões para construção de estradas, que já foram disponibilizados para 3.600 projetos no país todo e a perda de 59 mil empregos no setor de construção, abaixo da média de 125 mil vagas no setor perdidas por mês entre janeiro e abril deste ano.

"Isso é um sinal encorajador, mas quero deixar claro, certamente vão ocorrer mais retrocessos antes de finalmente alcançarmos a recuperação. Ainda que muito progresso tenha sido feito, ainda temos um longo caminho a percorrer", disse.

"Continuo confiante em que o país vai emergir dessa recessão, e o fará mais forte e mais sábio que antes. Vamos adotar medidas para corrigir os excessos que derrubaram a economia a fim de garantir que os benefícios do crescimento sejam partilhados com as famílias trabalhadoras."

Biden disse que os números do mercado de trabalho são "duros", mas são "muito mais que números". "Por trás de cada um desses empregos perdidos está uma família, um indivíduo, uma comunidade que está tentando atravessar a mais profunda recessão em uma década."
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