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Notícias / Informática & Tecnologia

Na crise, companhias de Internet buscam vender unidades

Terra

Muitas companhias de Internet e de mídia que se ocupavam com a compra de empresas iniciantes ao longo dos anos de boom econômico, as chamadas "start-ups", podem se desfazer dos ativos que não considerem hoje contrais para seus negócios, uma vez que a recessão impõe uma era de moderação.
Muitas devem olhar bem para as empresas compradas durante os anos de bonança, muitas das quais nunca se encaixaram muito bem com a matriz. Algumas dessas aquisições poderiam acabar de volta no mercado.

"Enquanto as 500 maiores empresas da (revista) Fortune orientam ou reorientam suas principais estratégias, estão decidindo se essas aquisições (de ''start-ups'') ainda são consistentes com essa estratégia", afirma Dan Nova, um investidor de risco da Highland Capital.

Nos últimos meses, grandes empresas da Internet como Yahoo e eBay começaram a fazer a faxina.

Como parte de uma estratégia de reviravolta, sob o comando da nova presidente-executiva Carol Bartz, o Yahoo começou a cortar seus ativos não lucrativos, como o Geocities, que comprou em 1999.

A gigante dos leilões online eBay afirmou recentemente que irá cindir o Skype, uma empresa de telefonia pela Internet que comprou por 2,6 bilhões de dólares em 2005.

Já a Time Warner anunciou que irá separar a AOL. Próxima à independência, a AOL também está colocando suas compras de empresas iniciantes, incluindo a rede social Bebo, em uma unidade distinta que irá buscar investimentos de risco, ou será fechada se não conseguir levantar recursos.

Mas nem todos concordam que as estratégias de aquisição de empresas iniciantes estão ligadas à saúde econômica.

Para Mike Kwatinetz, um investidor de risco da Azure Capital Partners, companhias de Internet muitas vezes erram porque cobiçam empresas novas sem olhar o quão bem a aquisição irá se encaixar nos seus negócios.

Mas por que as grandes empresas de Internet tomam decisões de aquisição erradas? O analista Jeffrey Lindsay, da Bernstein Research, crê que há uma combinação de fatores.

Por um lado, diz ele, empresas de Internet têm pilhas de dinheiro à mão e pouca dívida. Acrescente a isso investidores de risco à espreita para empurrar a venda de empresas recém-formadas que ainda não geram lucro, e o frenesi ao redor de marcas como Twitter e Facebook, e o palco está feito para algumas ideias questionáveis.

Ele lista as compras do ICQ, Netscape e Bebo pela AOL; a aquisição do Flickr pelo Yahoo; e a compra do YouTube pelo Google, para citar alguns exemplos de acordos que reduziram o valor das empresas.

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