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Notícias / Meio Ambiente

Mosquito pioneiro em Galápagos pode potencializar doenças

Terra

Os animais de Galápagos são estudados extensivamente desde os dias de Darwin e seus tentilhões. Mas há um escrutínio menor quanto a alguns insetos do arquipélago, como mosquitos. Agora, na revista The Proceedings of the National Academy of Science, um artigo de cientistas da Universidade de Leeds, da Sociedade Zoológica de Londres e do Parque Nacional de Galápagos, lança luz sobre um mosquito que habita pântanos salgados, o Aedes taerniorhynchus.

Como ele é o único mosquito encontrado em todo o arquipélago, as descobertas levantam preocupações sobre o impacto de doenças transmissíveis por ele.

Arnaud Bataille e colegas conduziram uma análise genética que demonstrou que o mosquito, uma das três espécies encontradas em Galápagos, não foi introduzido recentemente por humanos, mas chegou há cerca de 200 mil anos. Desde então, o inseto evoluiu tanto que é praticamente uma espécie distinta da variedade do continente.

O inseto se adaptou para ser capaz de se alimentar do sangue de lagartos, tartarugas e outros répteis, não apenas de mamíferos, como acontece no continente. O mosquito também cobre uma área mais ampla do que seu semelhante no continente.

Isso pode ser um problema, dizem os pesquisadores, se o vírus do Nilo Ocidental ou um patogênico similar alcançarem a ilha. O A. taerniorhynchus estaria pronto para espalhar rapidamente esse vírus, com conseqüências potencialmente devastadoras. Os pesquisadores sugerem que todos os aviões e barcos chegando a Galápagos sejam tratados com pesticidas.

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