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Reunião do bloco de Blairo Maggi e Kátia Abreu com Dilma cobra discussão de ICMS e critica ministros

Da Reportagem Local - Jonas da Silva

A reunião do bloco de 14 senadores com a presidente Dilma Rousseff (PT) liderado pelos senadores Blairo Maggi (PR) e Kátia Abreu (PSD) serviu para os parlamentares cobrarem melhor relacionamento da presidente com o baixo clero da Casa e parlamentares em ascessão de poder. A situação foi descrita pelo senador interino do ex-governador, empresário Cidinho Santos e o próprio Maggi.

Em duas horas de conversa, diz Cidinho, um dos pedidos foi este, além de mais atenção de ministros aos pleitos dos senadores. Eles ainda sugeriram melhor debate sobre proposta de unificação do ICMS entre os Estados, argumenta preocupação. "Nós estamos preocupados com a Copa, que ministro nos respeitem, porque eles não atendem a demanda dos parlamentares. Ela (presidente) foi solícita", conta Maggi ao Olhar Direto.

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"Reclamaram que o Senado tem que ter toda participação na discussão de matérias. Como no caso do ICMS que o governo está propondo e o ministério de índice de 4% para todos os Estados. Daqui a pouco só aparece Medida Provisória", relata Cidinho a chiadeira.

Ele defende o consenso debatido no bloco de que deve haver melhor "interlocução do Senado e governo", assim como Maggi pediu. "Falamos do relacionamento entre Senado e governo, tem ministro que demora a atender e retomar telefonema de senador", entrega o jogo de poder no Palácio do Planalto.

Ficou acertado ainda na reunião com a presidente na quarta-feira à noite que o Bloco União e Força, formado por PR, PTB e PSC terá a inclusão do PSD, com adesão de mais dois parlamentares e total do grupo com 16 senadores.

Cidinho adianta que do bloco sairá nome para algum ministério, após a presidente reunir-se individualmente nas próximas semanas com cada partido. Blairo Maggi é cotado para ocupar a pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Kátia Abreu, a Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Maggi tem dito que não há nada formalizado.

A proximidade de Maggi com a presidente Dilma, que nutrem respeito recíproco e debatem política constantemente, favoreceu para o ajuste do grupo para a base aliada da presidente.

Conjuntura política

A reunião do bloco com a presidente serviu para Dilma também não deixar Maggi livre para engrossar politicamente eventual candidatura à Presidência do presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco Eduardo Campos, tido nos bastidores políticos como potencial nome para o Planalto em 2014 ou 2018.

O governador já teve vários convites para ingressar no PSB durante a eleição municipal e ser candidato para tentar retornar o governo, como revelou o Olhar Direto, há duas semanas.

Entre os socialistas, a tese é de que para o partido chegar ao poder é necessária a aliança com lideranças do agronegócio e emergentes para sustentar provável candidatura presidencial de Campos.

Além do trânsito e voz da agropecuária, com peso econômico no país, Maggi entrou neste ano para a lista dos 100 cabeças do Congresso Nacional, lista elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), uma organização independente que avalia e fiscaliza o Congresso.
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