Imprimir

Notícias / Esportes

Arsenal enfrenta Crocodiles na grande final de futebol americano em Cuiabá

Da Redação - LP

“Sou um guerreiro e não tenho o que temer, eu dou sangue, eu vim para vencer. Força, Raça!”. Este deve ser o brado a ecoar pelos quatro cantos do estádio Dutrinha, amanhã , às 18 horas, no último e decisivo confronto pelo Campeonato Brasileiro de Futebol Americano. Rivalidade a flor da pele de adversários que se conhecem muito bem: Cuiabá Arsenal e Coritiba Crocodiles. Esta é a terceira vez que as duas equipes se enfrentam em uma final. Para o técnico Clayton Lovett, tudo pode acontecer e será preciso “coração de ‘aço’ para aguentar até o fim”.

O presidente da equipe, Orlando Ferreira, que irá narrar a partida, sabe bem o que é apreensão. “É sempre muito difícil para mim ficar aqui fora, ainda mais que um dia eu já estive em campo. O que eu digo para os jogadores é que vivam intensamente esse dia com respeito ao adversário e honra, e assim, cheguem ao final com orgulho do que fizeram em campo”.

Desde que começou o campeonato, em junho, a equipe tem treinado quase todos os dias. “Não estamos mais nos importando se o corpo dói ou se a perna trava, vencer é uma atitude mental. Eu não perderia esse jogo por nada”, conta o offensive line, Fábio Torres, que está prestes a passar por uma cirurgia de joelho e mesmo assim vai entrar em campo.

Ele não é o único a vestir a armadura da vontade e partir sem medo à batalha. “Os jogadores me inspiram diariamente e sou uma pessoa melhor passando o tempo e trabalhando com eles”, diz o técnico. Ele conta que muitas vezes chega a ser duro demais com o time, mas sabe que todos têm personalidade e caráter e sempre estão dispostos a dar o melhor pelo grupo. “Eu faço milhões de erros como técnico, mas eles cobrem isso com seus esforços fora do comum”.

Lovett observa que o Coritiba tem características acima da média. Uma defesa rápida e disciplinada, que ataca os adversários bem e com velocidade. No que se refere a linha ofensiva a equipe tem o jogo mais corrido do Brasil com destaque as jogadas aéreas. Para ele, os fatores decisivos do confronto devem ser os turnovers (interceptação, fumble), tempo de posse de bola e pequenos erros e faltas.

Ele garante que o Arsenal se preparou pensando em cada detalhe desses e principalmente se fortalecendo mentalmente. “Estou confiante na nossa força de trabalho e jogaremos duro. Já estivemos em jogos ‘pegados’ e este, com certeza, será mais um”.

O running back, Daniel Callejas, evoluiu muito durante o ano e garante que está pronto para enfrentar a primeira ‘final’ ao lado do Arsenal. Para ele, o mais difícil tem sido controlar a ansiedade. “Estou tentando permanecer no centro, nem eufórico, nem nervoso. Espero que essa seja uma grande partida, emocionante para quem estiver dentro de campo e principalmente para quem nos assiste”.
Imprimir