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Obina avalia segunda passagem: ‘Não tem como dizer que foi boa’

Globo Esporte

A segunda passagem de Obina pelo Palmeiras pode terminar de maneira semelhante à primeira. Com 28 jogos disputados e somente três gols marcados em 2012, o atacante (repatriado depois de muito esforço da diretoria) tem situação indefinida e, emprestado pelo Shandong Luneng, da China, até dezembro, pode ser um dos atletas na lista de dispensas alviverde para a próxima temporada.

Contra o Atlético-GO, neste domingo, em meio aos vários jovens lançados das categorias de base, Obina substituiu Barcos e atuou como referência no ataque. Apesar das várias chances criadas, errou passes, perdeu na corrida para os zagueiros rivais e ainda desperdiçou jogada clara de gol, depois de furar o chute debaixo do travessão. Obina é sincero na análise que faz de sua passagem pelo Verdão até aqui.

– Não tem como dizer que foi boa. O time está na Segunda Divisão e eu vou dizer que joguei muito? Tenho minha parcela de culpa e respeito o que os outros falam. Tentei fazer o meu melhor, mas, às vezes, as coisas não aconteceram. Cheguei para ajudar, mas o time foi para a Série B. É triste, ruim para minha carreira – declarou.

O futuro no Palmeiras é incerto. Além do dinheiro pago ao clube chinês para liberá-lo por empréstimo, o Verdão tem de pagar mais US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões) para ficar com Obina em definitivo – preço fixado por contrato junto ao Shandong Luneng. O baixo desempenho desde a contratação, entretanto, pode fazer a diretoria pensar duas vezes antes de investir tanto dinheiro no jogador, que chegou a pedido do ex-técnico Luiz Felipe Scolari.

– É incerto. Sei que tenho contrato na China. Se eu tivesse a chance de permanecer e mudar essa situação, fazer uma boa pré-temporada, seria maravilhoso. Mas não cabe só a mim. Tenho vontade de permanecer, de ajudar o clube a voltar para a Primeira Divisão, mas não sei o que vai acontecer – disse.

Caso seja mesmo obrigado a retornar ao futebol chinês, Obina terá falhado no objetivo estipulado por ele na volta ao Verdão, de apagar a saída conturbada em novembro de 2009. Após uma derrota para o Grêmio, no Estádio Olímpico, o atacante trocou socos na saída do gramado com o zagueiro Maurício Nascimento, e os dois foram demitidos logo depois da partida. Vaiado na derrota para o Atlético-GO, ele não foge da culpa pelo rebaixamento.

– Você vê o torcedor agindo com a paixão, xingando desde o início do jogo. Que bom que não foram os garotos. Tem de nos xingar mesmo. Quem tem culpa é quem jogou mais. Eles só estão buscando uma continuidade no Palmeiras.
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