Imprimir

Notícias / Brasil

Greve na Polícia Civil impede o registro de mais de 1,9 mil ocorrências

G1

Mais de 1,9 mil ocorrências deixaram de ser registradas nas delegacias em Porto Velho, desde o início da greve da Polícia Civil (PC) no dia 19. Em Porto Velho, são em média 300 registros diários, em funcionamento normal, nas 28 delegacias da capital. A greve não tem previsão para ser finalizada, segundo o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinsepol). Até a manhã desta terça-feira (27), foram registradas 129 ocorrências. Em dias normais, seriam registradas 2,1 mil.

A Polícia Civil entrou em greve no dia 19 deste mês por tempo indeterminado reivindicando melhores condições de trabalho. De acordo com Jales Moreira, presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sinsepol), a paralisação ainda não tem prazo para ser finalizada. “O governo ainda não nos chamou para negociar”, afirma o presidente.

Ao G1, Jales Moreira disse que após a paralisação, o Sinsepol decidirá qual será o procedimento em relação às ocorrências que deixaram de ser registradas.

Com a paralisação, apenas casos envolvendo crimes com mortes seriam registrados pela PC, segundo Jales Moreira. No entanto, estão sendo registrados crimes como furto, lesão corporal, extravio ou perda de documentos, ameaça e até crimes contra o consumidor.

Central de Flagrantes
Apesar da greve, o registro de ocorrências na Central de Flagrantes em Porto Velho continuou funcionando normalmente. São em média 190 registros de ocorrências por semana. Nesta primeira, houve um crescimento de 5,78% na quantidade de ocorrências registradas na delegacia.

Assembleia
Na tarde desta terça-feira (27), está prevista uma assembleia entre para deliberar sobre o andamento da greve. “Nós primeiro vamos solicitar apoio do deputados estaduais e depois vamos nos reunir para decidir sobre as ações que vamos tomar”, destaca Jales Moreira.

Ao G1, a Secretaria de Segurança e Defesa da Cidadania (Sesdec) informou que a negociação não depende exclusivamente da secretaria, envolve outros setores do governo. "O governador não negocia com grevista", afirma a assessoria da Sesdec.

Imprimir