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Carlos Cachoeira volta a se alimentar normalmente, diz boletim em Goiânia

G1

O Instituto Neurológico de Goiânia divulgou na manhã desta quinta-feira (28) o boletim médico sobre o estado de saúde do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. De acordo com o documento, o paciente, que está internado no hospital privado desde as 22h30 do domingo (25), com diarreia, náuseas, insônia e estresse, já se alimenta normalmente, dormiu bem, apresentou melhora do humor e aparenta está mais calmo.

O homem apontado como o chefe do esquema de jogos de azar em Goiás e de fazer tráfico de influência pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, deve ser submetido a uma sessão de fisioterapia. Os exames realizados na véspera, ressonância magnética de crânio e doppler de carótidas, não evidenciaram alterações. Segundo o boletim, Cachoeira deve passar por um teste ergométrico na quinta-feira (29). A alta do contraventor está prevista para a sexta-feira (30), às 9h. Até as 10h30 de quarta-feira, o médico responsável por atender o contraventor ainda não havia falado com a imprensa.

Visitas
As visitas a Carlinhos Cachoeira foram limitadas e restritas a pessoas da família. Andressa, os filhos e irmãos do contraventor têm se revezado. “Ele não recebeu visitas hoje, ainda, apenas uma irmã, que se chama Lana, está com ele”, conta.

A mulher de Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, foi vista deixando o Instituto de Neurologia de Goiânia, por volta das 20h30 de segunda-feira (veja vídeo acima). Segundo informações de funcionários do hospital que não quiseram se identificar, ela teria ido para casa descansar.

Andressa deixou a unidade levando uma bolsa vermelha, uma mala pequena de cor acobreada e uma sacola de papel de uma loja de roupas e acessórios de grife. Ela foi embora dirigindo o próprio carro.
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Cachoeira está sendo atendido por um hematologista, um psiquiatra e por um cardiologista. “A situação orgânica, que são as náuseas e diarreia, nós conseguimos contornar. O que mais nos preocupa é a parte psiquiátrica. É uma situação comum em pessoas que ficam em regime prisional. Temos que observá-lo”, explicou Cesar Leite na segunda-feira.

De acordo com o médico, Cachoeira chegou bastante debilitado por causa dos 18 kg que perdeu no período em que esteve preso e está passando por uma bateria de exames. “Vamos realizar os exames que ele já deveria ter feito há cerca de quatro anos. Ele está muito fraco, emagreceu muito. O Cachoeira envelheceu 5 ou 6 anos em nove meses. Ele está passando por muita coisa, viu a mãe morta, está caindo a ficha dele”, argumenta o especialista.

Morte da mãe
Na última sexta-feira (23), Cachoeira visitou o túmulo da mãe em Anápolis, cidade a 55 quilômetros de Goiânia, e, de acordo com familiares, já estava debilitado. No dia, ele precisou tomar soro e fez exames de sangue. O bicheiro recebeu a visita de um médico na casa do pai e voltou para Goiânia no fim da tarde.

Muito emocionado no cemitério, ele chorou ao se despedir da matriarca da família. Maria José de Almeida morreu no dia 16 de abril, aos 79 anos, por falência múltipla dos órgãos, enquanto o filho estava no presídio de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Acompanhado da mulher, Andressa Mendonça, três irmãos e uma criança, ele permaneceu cerca 10 minutos no local. Na sua cidade natal, Cachoeira passou um tempo com o pai, Sebastião de Almeida Ramos, conhecido com Tião Cachoeira, de 88 anos.
Cachoeira chora no túmulo da mãe, em Anápolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Cachoeira chora no túmulo da mãe, em Anápolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Cachoeira é alvo de uma segunda denúncia do MPF, relacionada às investigações da Operação Monte Carlo. A ação da PF resultou na prisão, no dia 29 de fevereiro deste ano, do homem apontado como o chefe de uma quadrilha que explorava jogos ilegais em Goiás e no Distrito Federal.

Após quase nove meses preso, o contraventor deixou o complexo penitenciário da Papuda, na madrugada da última quarta-feira (21). Condenado pela juíza da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal a cinco anos de prisão em regime semiaberto pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência, por tentar fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público de Brasília, ele foi solto porque tem o direito de recorrer da decisão em liberdade até o trânsito em julgado da ação (quando não há mais possibilidade de recurso).
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