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Polícia investiga morte de mãe e bebê durante parto

G1

A Polícia Civil investiga o caso de uma mulher, de 24 anos, e um bebê que morreram na noite de domingo (2), no Hospital Municipal de Sete Quedas, a 459 km de Campo Grande. Segundo o delegado Rinaldo Moreira, as duas morreram no parto, após a jovem dar entrada no hospital com complicações de saúde.

A família da mulher denunciou o caso à polícia na noite de ontem. Eles disseram ao delegado que não havia médico no hospital quando a mulher chegou na unidade, já em trabalho de parto.

Após depoimentos do médico e de funcionários do hospital, o delegado afirma que havia um médico na unidade, mas em razão de complicações de saúde da paciente, por conta da gravidez, um cirurgião que estava de folga teve que ser chamado.

O médico que realizou o primeiro atendimento da jovem disse, em depoimento à Moreira, que a cabeça do bebê não estava posicionada para o parto e seria necessária a realização de uma cesariana. De acordo com o delegado, o médico cirurgião demorou cerca de 10 minutos para chegar ao hospital. A mãe e o bebê morreram durante a cirurgia.

Depoimentos
Nesta segunda-feira (3), o delegado responsável pelo caso ouviu os depoimentos do médico e de duas técnicas de enfermagem que atenderam a paciente. As mulheres confirmaram que o médico plantonista estava no hospital e que, por causa das complicações, o cirurgião teve que ser chamado.

O médico disse ao delegado que a paciente morreu por conta das circunstâncias do parto e porque o hospital não possui equipamentos necessários para cirurgias de risco. O G1 entrou em contato com o Hospital Municipal e uma funcionária informou que não havia ninguém responsável pela unidade que pudesse falar sobre o assunto.

O G1 também tentou falar com a Secretaria de Saúde da cidade, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Investigação
Os corpos da mãe e do bebê foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML). Moreira aguarda o resultado do laudo pericial que irá constatar a causa da morte das vítimas. “Estou investigando se houve homicídio culposo, vamos esperar o laudo para ver se houve imperícia, negligência ou imprudência por parte do hospital”, afirma o delegado.

O inquérito deve ser encerrado em 30 dias e uma cópia deve ser encaminhada para o Conselho Regional de Medicina (CRM-MS) em Campo Grande.

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