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Confederação Brasileira de Vôlei garimpa atletas nas Olimpíadas Escolares

Da Assessoria/ COB

Os técnicos e auxiliares das Seleções Brasileiras Infantil e Infanto-Juvenil de vôlei acompanharam os cinco dias de competição do esporte nas Olimpíadas Escolares Cuiabá 2012, para atletas de 15 a 17 anos, que terminaram nesta terça, dia 4. Maurício Thomas e João Luiz Klein, o Juca, das seleções femininas, Percy Oncken e Vinicius Gomes, o Alegrete, das masculinas, se desdobraram para conseguir assistir ao maior número de partidas possíveis, uma vez que os jogos foram disputados em quatro ginásios da capital mato-grossense. Durante os jogos, fizeram observações, anotações e trocaram sobre o desempenho dos atletas.

“O vôlei começa nas escolas, isso é inegável. E para a gente é muito bom ter cada vez mais escolas se estruturando para o esporte”, observou Alegrete. “As Olimpíadas Escolares são o melhor campeonato da categoria Infantil (até 14 anos) e Infanto-Juvenil (até 16 anos) para encontrar as revelações do esporte. É na escola onde os jovens começam a jogar vôlei e são incentivados pelos professores a seguir na carreira. Com certeza, é o lugar perfeito para observar quem vem despontando e tem potencial para chegar à seleção”, considerou Maurício Thomas.

Segundo eles, detectar novos talentos é importante, mas a observação e a atualização de dados sobre as atletas que já participaram de competições internacionais ou mesmo que já foram avaliadas em Saquarema (RJ), no Centro de Desenvolvimento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), são os principais motivos das suas visitas na maior competição escolar do país.

“Algumas aqui já foram selecionadas antes para a Seleção então podemos ver se houve evolução ou não”, disse Maurício, que está de olho no Mundial Infanto-Juvenil da Tailândia, em junho de 2013. “O grupo ainda não está fechado e podem surgir novidades no elenco. Vamos fazer uma pré-convocação, em fevereiro, com o maior número possível de atletas, e, se tudo correr como o planejado, a convocação das 18 meninas será em março”.

Cada equipe que disputou as Olimpíadas Escolares foi observada pelo menos duas vezes. “Queria confirmar o potencial de dois garotos do time amazonense, por exemplo, mas a equipe foi muito mal na estreia, contra Santa Catarina. Nos dois jogos seguintes, eles foram muito bem. Então é importante você observar o maior número de partidas possíveis”, disse Alegrete.

Somente no Centro Educacional da Lagoa (CEL-RJ), equipe campeã da Primeira Divisão feminina das Olimpíadas Escolares 2012, quatro jogadoras já foram selecionadas para a Seleção infanto-juvenil e duas estiveram no Sul-Americano da categoria, disputado em Lima, no Peru, há menos de um mês. O Brasil perdeu a decisão para as donas da casa por 3 sets a 2 e Maurício aproveitou para usar o jogo como exemplo. “O ginásio estava lotado. O lado emocional foi decisivo para a derrota”, analisou.

A oposta Marcella Antunes e a líbero Laís Vasques, escolhida a melhor da posição no Sul-americano, concordaram. “Nosso time era melhor, mas as peruanas tinham seis mil pessoas torcendo por elas o tempo todo e sentimos a pressão. Infelizmente não conseguimos trazer a taça”, disse Marcella. “A pressão é maior porque a gente sabe que está sendo observada e tem a cobrança do nosso time também”, contou Laís.

O técnico das seleções de base masculinas, Percy Oncken, e Juca, auxiliar da feminina, observaram os primeiros jogos do torneio e entregaram o bastão a Maurício Thomas, técnico das equipes masculinas, e Alegrete, auxiliar da masculina, em Cuiabá (MT). Figurinhas fáceis de encontrar nas arenas de vôlei do Brasil afora em competições de categorias de base e até em treinos de clubes, os quatro formam a base das equipes olímpicas comandadas por José Roberto Guimarães e Bernardinho.

A partir do dia 10 de dezembro, eles estarão recebendo 18 jogadores do masculino e 18 do feminino selecionados em Poços de Caldas 2012 nas Olimpíadas Escolares, de 12 a 14 anos, que vão para o Centro de Treinamento da CBV em Saquarema (RJ) para se juntar a outros 20 atletas para a Seleção Infantil. Em Cuiabá, o objetivo é escolher os atletas mais promissores para a seletiva do Mundial da categoria ano que vem, tanto do feminino quanto do masculino.

E não é só o vôlei que realiza este trabalho de garimpo de talentos nas Olimpíadas Escolares. Observadores das confederações brasileiras de basquete e handebol, com o técnico da Seleção Brasileira masculina Adulta de handebol, Jordi Ribera, também estão em Cuiabá observando a nova geração do esporte nacional.

As Olimpíadas Escolares são organizadas e realizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro, correalizadas pelo Ministério do Esporte e Organizações Globo e apoio da Prefeitura Municipal de Cuiabá e Governo do Estado de Mato Grosso.
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