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São Paulo vai enviar nesta terça ofício sobre confusão na final com o Tigre

Globo Esporte

O São Paulo deve enviar ainda nesta terça-feira um documento à Conmebol com sua posição em relação ao tumulto ocorrido na final da Copa Sul-Americana, na semana passada, contra o Tigre. Os brasileiros querem mostrar à Confederação que toda a confusão no intervalo foi causada pelos visitantes, já com o intuito de não disputarem o segundo tempo. O Tricolor vencia por 2 a 0 e tinha domínio amplo da partida.

No fim do primeiro tempo, os argentinos foram para cima do atacante Lucas, principal alvo do jogo duro do adversário. Em 45 minutos, o jogador recebeu, além de várias faltas, um pisão nas costas e um tapa no rosto, que fez seu nariz sangrar. Quando o árbitro encerrou a etapa inicial, Lucas mostrou o machucado para o lateral do Tigre e os argentinos iniciaram um empurra-empurra. Em seu ofício, o São Paulo vai mostrar que os rivais tentaram acompanhar os seus atletas até a descida do vestiário dos donos da casa, até serem barrados pela polícia.

Na versão do clube paulista, impedidos de continuarem a briga dentro de campo, os jogadores do Tigre tentaram um novo confronto nos corredores dos vestiários, por meio de uma porta que dá acesso ao local onde se preparam os são-paulinos. Os seguranças tentaram impedir a ação e, em menor número, foram agredidos. Quando pediram reforço, uma briga generalizada teve início e os argentinos quebraram seu vestiário, inclusive arrancando pedaços de madeira para atacar os seguranças. À essa altura, a Polícia Militar já estava presente no local.

O São Paulo também vai garantir que não havia nenhum funcionário seu armado, algo que já foi dito pelo Major Gonzaga, que liderou a operação policial no estádio. Uma das principais reclamações do Tigre é que uma arma de fogo foi apontada no peito do goleiro Albil. Eles afirmam que foram agredidos pelos seguranças e, por isso, não quiseram voltar para o segundo tempo, mesmo diante da insistência de dirigentes da Conmebol, que garantiram proteção.

O árbitro Enrique Osses deu o jogo por encerrado no intervalo, e o São Paulo recebeu as medalhas, levantou a taça e comemorou numa casa noturna. Enquanto isso, membros das duas delegações passaram a noite na delegacia prestando depoimentos, e os argentinos não mencionaram a presença de armas. O goleiro reserva Cousillas diz ter um vídeo com sangue no vestiário, mas o próprio clube brasileiro abriu o local para que os jornalistas visitassem e fizessem imagens assim que o Tigre deixou o Morumbi.

O Tigre quer a impugnação da partida que deu o título inédito ao Tricolor, mas a Conmebol já ratificou a conquista. A Confederação deve se reunir durante essa semana para estudar possíveis punições aos envolvidos. E já terá o documento do São Paulo em mãos.

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