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Principal opositor de Kirchner é intimado na Argentina
Folha Online
Uma intimação judicial em um processo por narcotráfico e suspeitas de enriquecimento ilícito envolveram nesta segunda-feira o magnata Francisco de Narváez, principal candidato da oposição na província de Buenos Aires, a 20 dias das eleições legislativas na Argentina.
De Narváez, que lidera a chapa da coalizão de direita Unión-Pro na Província de Buenos Aires, assegurou que seu suposto envolvimento faz parte de "uma manobra do governismo". Ele é o principal oponente do ex-presidente Néstoe Kirchner (2003-2007), marido da atual presidente Cristina Kirchner, que concorre pelo peronismo (partido no poder) a deputado na Província --separada da capital-- onde votam quase 40% dos eleitores argentinos.
"É inédito e obsceno que isto aconteça a 20 dias das eleições e com a pessoa com condições de vitória sobre [Néstor] Kirchner no dia 28 de junho. Não tenho dúvidas de que o caso esteja sendo utilizado. Vou recusar a intimação", disse De Narváez.
O ex-presidente estimulou, no entanto, seu adversário a "dar um exemplo cívico, antes de se apresentar como vítima".
Segundo fontes judiciais, o empresário será intimado nesta quarta-feira , como suspeito, pelo juiz Federico Faggionato Márquez, que investiga o tráfico de efedrina ao México e um caso de contrabando milionário de discos e filmes.
De Narváez, nascido na Colômbia há 55 anos e deputado desde 2005, havia sido citado como testemunha mês passado, porque de um telefone celular em seu nome teriam sido feitos quatro telefonemas a Mario Segovia, conhecido como o "Rei da Efedrina".
Mas o magnata, herdeiro do proprietário de uma rede de supermercados e dono, entre outras empresas, de um canal de televisão e aliado do prefeito portenho de direita, Mauricio Macri, está sendo investigado, além disso, por um suposto incremento patrimonial não justificado.
De Narváez registrou em suas declarações patrimoniais um incremento de quase 900% entre 2004 e 2008, de acordo com um informe da Administração Federal de Rendimentos Públicos (AFIP) pedido por um fiscal de Mar del Plata (400 km ao sul).
Este aumento de patrimônio surgiria de rendimentos isentos de impostos provenientes de propriedades no exterior.
Quase todas as pesquisas antecipam uma vitória de Kirchner, com até 8,5 pontos percentuais de vantagem, mas uma pesquisa do instituto Poliarquia, publicada neste domingo pelo jornal "La Nación", mostrou De Narvaez com 27,6% dos votos na Província de Buenos Aires. Kirchner aparece 3,1 pontos percentuais atrás, com a lista liderada por com 24,5% de intenção de voto.
A distância entre as duas listas é ligeiramente maior do que a margem de erro da pesquisa, 2,9 pontos percentuais. A pesquisa mostrou que 20% dos eleitores ainda estavam indecisos.
Em nível nacional, o kirchnerismo tem vantagem nas pesquisas, mas poderá perder a maioria na Câmara de Deputados, que renova a metade de suas vagas, conservando a duras penas o controle do Senado, que será renovado em um terço.
De Narváez, que lidera a chapa da coalizão de direita Unión-Pro na Província de Buenos Aires, assegurou que seu suposto envolvimento faz parte de "uma manobra do governismo". Ele é o principal oponente do ex-presidente Néstoe Kirchner (2003-2007), marido da atual presidente Cristina Kirchner, que concorre pelo peronismo (partido no poder) a deputado na Província --separada da capital-- onde votam quase 40% dos eleitores argentinos.
"É inédito e obsceno que isto aconteça a 20 dias das eleições e com a pessoa com condições de vitória sobre [Néstor] Kirchner no dia 28 de junho. Não tenho dúvidas de que o caso esteja sendo utilizado. Vou recusar a intimação", disse De Narváez.
O ex-presidente estimulou, no entanto, seu adversário a "dar um exemplo cívico, antes de se apresentar como vítima".
Segundo fontes judiciais, o empresário será intimado nesta quarta-feira , como suspeito, pelo juiz Federico Faggionato Márquez, que investiga o tráfico de efedrina ao México e um caso de contrabando milionário de discos e filmes.
De Narváez, nascido na Colômbia há 55 anos e deputado desde 2005, havia sido citado como testemunha mês passado, porque de um telefone celular em seu nome teriam sido feitos quatro telefonemas a Mario Segovia, conhecido como o "Rei da Efedrina".
Mas o magnata, herdeiro do proprietário de uma rede de supermercados e dono, entre outras empresas, de um canal de televisão e aliado do prefeito portenho de direita, Mauricio Macri, está sendo investigado, além disso, por um suposto incremento patrimonial não justificado.
De Narváez registrou em suas declarações patrimoniais um incremento de quase 900% entre 2004 e 2008, de acordo com um informe da Administração Federal de Rendimentos Públicos (AFIP) pedido por um fiscal de Mar del Plata (400 km ao sul).
Este aumento de patrimônio surgiria de rendimentos isentos de impostos provenientes de propriedades no exterior.
Quase todas as pesquisas antecipam uma vitória de Kirchner, com até 8,5 pontos percentuais de vantagem, mas uma pesquisa do instituto Poliarquia, publicada neste domingo pelo jornal "La Nación", mostrou De Narvaez com 27,6% dos votos na Província de Buenos Aires. Kirchner aparece 3,1 pontos percentuais atrás, com a lista liderada por com 24,5% de intenção de voto.
A distância entre as duas listas é ligeiramente maior do que a margem de erro da pesquisa, 2,9 pontos percentuais. A pesquisa mostrou que 20% dos eleitores ainda estavam indecisos.
Em nível nacional, o kirchnerismo tem vantagem nas pesquisas, mas poderá perder a maioria na Câmara de Deputados, que renova a metade de suas vagas, conservando a duras penas o controle do Senado, que será renovado em um terço.