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Notícias / Meio Ambiente

Quase duas toneladas de pescado são apreendidos durante piracema

Da Redação - Priscilla Vilela

Quase duas tonaladas de pescado irregular foram apreendidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), na terça-feira (18). São peixes como Jaú, Cachara e Pacu. Quase todas as peças estavam sem cabeça e com marcas de malha. Algumas fora do tamanho mínimo e em filé também caracterizam o pescado irregular. Esta foi a segunda grande apreensão na Piracema deste ano, que ocorre entre os dias 1º de novembro de 2012 e 28 de fevereiro de 2013, período em que os peixes sobem os rios para procriar.

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O total de pescado foi apreendido durante duas investigações que culminaram nesta terça-feira. A primeira delas ocorreu na região do Valo Verde, em Várzea Grande, e a outra em uma casa na Rua Miranda Reis, em Cuiabá. Na casa que fica no Centro da capital foram apreendidos 1.399 quilos de pescado. Todos os peixes sem cabeça e com marcas de malha, o que é proibido. Além dos peixes foram apreendidos 10 frízeres, duas caixas térmicas, balanças e facas, além de um veículo. Todo o material foi encaminhado à Dema.

O investigador da Delegacia do Meio Ambiente, Luis Carlos Seixas disse que a prisão de uma pessoa e a apreensão dos materiais foram concretizadas por meio de investigações e denuncias. “Estamos monitorando um dos denunciados desde a Piracema do ano passado e aguardávamos uma carga maior para efetuarmos a prisão. Contamos com o apoio do delegado Carlos Cunha para desenvolver as investigações e a participação popular, que nos ajuda denunciando”, revelou o policial.

Os policias exemplificaram o crime com uma peça de Jaú com cerca de 40 centímetros, menos da metade da medida mínima da espécie, que é de 90 centímetros. Além de pequeno, o exemplar tinha marcas características de rede. As cabeças são retiradas para dificultar a fiscalização, mas a pesca é proibida no período de Piracema, sendo liberada apenas a pesca de subsistência feita por famílias de ribeirinhos.

O comandante adjunto do Batalhão Ambiental, major Loirson Benevides reforçou a importância da atuação em parceria. “A Dema e a Policial Ambiental fornecem reforço, também atuamos junto ao Juvam. Em casos de denúncias e apreensões, principalmente em grande escala como estas que foram realizadas, as forças se unem para conseguir bons resultados”, ponderou o comandante militar, se referindo à segunda grande apreensão no período de Piracema iniciada este ano.

A gestora da Vara de Meio Ambiente, Vera Lúcia Camargo explicou que a Delegacia fará o auto de apreensão e o pescado ainda passará por uma perícia. “Peritos verificam se o pescado ainda tem condições de consumo. Se for constatada a possibilidade, o pescado é doado a instituições de caridade que já são cadastradas em nossos bancos de dados”, ela ainda ressaltou a importância da população participar denunciando. “A população pode entrar em contato para denunciar.
Durante todo o período da Piracema o Juvam atua na forma preventiva e também repressiva, e por isso conta com denúncias”, finalizou. As informações são da assessoria de imprensa
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