A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) realiza nesta segunda-feira (08) e terça-feira (09), uma Oficina para Operacionalização do Plano Nacional de Enfrentamento da AIDS e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) para os grupos de riscos.

Participam do evento, que acontece no Hotel Mato Grosso Palace, em Cuiabá, mais de 25 convidados representando associações da sociedade civil, serviços de saúde e demais órgãos governamentais e não governamentais.

A coordenadora estadual da DST/AIDS, da Secretaria de Estado de Segurança, Marlene Plaster, explicou que o Plano Nacional de Enfrentamento da AIDS foi criado pelo Ministério da Saúde para diminuir as ocorrências de AIDS, especialmente em grupos específicos de pessoas com um comportamento de risco que os torna mais vulneráveis a essas doenças. Segundo ela, “números fornecidos pelo Ministério da Saúde indicam que as pessoas dos grupos de riscos têm chances 11 vezes maior de contrair AIDS e DSTs do que os heterossexuais”.

De acordo com o técnico do Ministério da Saúde e consultor da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, (Unesco), Nelson Garcia, “estima-se que existam 630 mil pessoas com AIDS no país, sendo que 180 mil dentre elas não sabem que estão contaminadas”.

Em Mato Grosso, segundo o Sistema de Informação de Agravo de Notificação Compulsória (SINAN), do ano de 1985 a Junho de 2008, foram registrados 5.722 casos de AIDS. Desse número 3.381 casos são do sexo masculino e 2.341 do sexo feminino sendo que 8.7% ocorrem na população de 50 anos ou mais. Os óbitos por AIDS nesse período (1985 a 2008) chegaram a 1.390 casos.

No evento foi apresentado o Plano Nacional de Enfrentamento da AIDS, o que ele representa e quais suas características. “Durante a Oficina queremos definir o que a sociedade civil e gestores precisam para as implementações das ações constantes a serem desenvolvidas no Estado e que estão inseridas no Plano Nacional, é uma discussão a ser feita com todas as entidades que trabalham com as DST/AIDS, governos e entidades da sociedade civil”, explicou Marlene Plaster.

Segundo Nelson Garcia o Ministério da Saúde na elaboração do Plano Nacional de Enfrentamento das DST/AIDS procurou ouvir outros segmentos sociais que já trabalham com a doença e que ficam em contato mais frequente com os reais problemas enfrentados. Respeitando essas bases de trabalho que o plano contempla 60% das sugestões vindas das entidades e ficando 40% para as políticas publicas do Ministério da Saúde, dentro das diretrizes e organogramas de trabalho”.

Este plano nacional é de fácil aplicabilidade nos Estados e Municípios visto que contempla os setores segmentados, sendo o objetivo final do Ministério da Saúde, e enfrentar e baixar os índices de contágio da doença no Brasil.

PROGRAMAÇÃO – A programação da Oficina reinicia, no período da tarde, às 13h30, com uma palestra sobre “Prevenção, Diagnóstico e Assistência DST, hepatites e HIV/Aids no contexto de travestis, gays e outros HSH”.

Às 14h05 começa a discussão da adaptação do Plano Nacional à realidade de Mato Grosso com a confecção e redação de propostas. Essa parte se estende até às 17h00, quando o dia será encerrado.

Na Terça-feira (09), das 8h30 às 12h00 continua a discussão da adaptação do Plano Nacional à realidade de Mato Grosso e a redação de propostas.

No período da tarde, das 13h00 às 15h30, será feita a apresentação em plenária das ações propostas na Oficina.

Às 15h30 serão formados grupos de acompanhamento e cronograma de reuniões para a implementação de ações. Considerações finais e entregas de certificados encerrarão o evento, no final da tarde da terça-feira.