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Sport espera lucrar R$ 900 mil por mês com a nova arena do clube

Globo Esporte

Bombonilha. Apelido que o estádio do Sport, a Ilha do Retiro, ganhou devido à pressão que a torcida exerce sobre os adversários, semelhante à sentida por quem enfrenta o Boca Juniors em sua Bombonera. Foi no seu estádio que o Sport conquistou seus principais títulos - o Brasileiro de 1987 e a Copa do Brasil de 2008.

Mas o caldeirão rubro-negro está com os dias contados. O palco, outrora de glórias e conquistas, cederá espaço para o que deve ser a maior conquista de patrimônio que o clube já viu. O estádio será derrubado para que, no mesmo lugar, seja erguida a Arena do Sport- maior, mais moderna e, principalmente, mais rentável. A previsão dos dirigentes é que a demolição ocorra no meio do ano, entre junho e julho. Com o projeto da Arena, o Sport pretende não só modernizar sua estrutura, mas também aumentar drasticamente sua receita. Atualmente o clube vive do dinheiro de patrocínios, das cotas de televisão e da bilheteria dos jogos. Quando tiver a arena multiuso uma nova fonte de verbas surgirá: o próprio complexo rubro-negro, formado por arena, ginásios, shopping e prédios empresariais.

- Nossa projeção inicial é de ganhos de R$ 900 mil por mês, contabilizando percentual de aluguel dos prédios, e shows que serão realizados em nossa arena. É um crescimento notável. Hoje a Ilha do Retiro não nos dá receita alguma, exceto em dias de jogos. Precisamos e podemos mudar essa realidade - explicou o atual presidente Gustavo Dubeux.

Outro ganho para o Sport será na capacidade total da arena, que deve chegar a pouco mais de 45 mil torcedores. Para se ter uma ideia, o maior público da Ilha do Retiro em 2012 foi visto no jogo contra o Fluminense: 32.937 torcedores acompanharam a partida em um estádio completamente lotado.

- Pensamos no Sport como um todo. Essa arena é fundamental para o clube, que não pode perder esse momento histórico. Mas é fundamental também para nosso torcedor, que terá o conforto que merece, em um estádio que ele merece , destacou Dubeux.

Durante o período de obras, o Leão mandará os jogos do segundo semestre na Arena Pernambuco, estádio que está sendo construído para a Copa do Mundo de 2014. Mesmo contrário à maneira que o projeto de construção da arena rubro-negra foi conduzido, o vice-presidente de futebol do Sport, Milton Bivar, não acredita que o desempenho do futebol seja prejudicado por não contar com o ‘caldeirão’ Ilha do Retiro. Para ele, um time realmente forte joga bem em qualquer lugar.

- Não vejo a saída da Ilha do Retiro como fator negativo. Continuaremos a ter nossa torcida presente. Além do mais, nossa meta é formar um grupo vencedor, que possa atuar bem em qualquer lugar. Formar time caseiro é arriscado. Precisamos montar um grupo que se saia bem na Ilha do Retiro, na Arena Pernambuco ou em qualquer estádio que for jogar - disse o dirigente.

A Arena Pernambuco fica em São Lourenço da Mata, na região metropolitana do Recife, a cerca de 15 quilômetros do Recife. O estádio receberá três jogos da Copa das Confederações e, na sequência, abrigará jogos do Náutico, que já tem contrato assinado, e também do Sport. Ao menos esse é o pensamento inicial dos dirigentes leoninos.

- Temos um pré-acordo com a empresa responsável pela Arena Pernambuco, que só não foi assinado ainda porque não sabemos exatamente quando nosso projeto receberá o aval da Prefeitura do Recife. O certo é que jogaremos lá durante 30 meses, que é o prazo de conclusão previsto para a obra - destacou Gustavo Dubeux.
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