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Avalia a Saúde como 'péssima' quem não usa a rede pública, diz Agnelo

G1

Em um balanço dos dois primeiros anos de gestão, o governador Agnelo Queiroz (PT) afirmou que a percepção de que a saúde pública no Distrito Federal está ruim é de pessoas que não precisam do serviço. Agnelo, que é médico e se deu nota 6 na metade do mandato, diz que a situação na saúde é bem melhor do que quando assumiu o Executivo.

“Eu tenho pesquisas. Quem não vai, que tem plano de saúde, avalia como péssimo o sistema público porque não vai lá”, explicou. “Quem vai já avalia muito melhor. E o servidor que está lá [trabalhando nas unidades públicas de saúde], ele está vendo [a melhora]. E olha que eu não consegui dar benefício nenhum para eles ainda, então [eles] ainda têm certa dificuldade comigo.”

Para o governador, a saúde é, junto com habitação e transparência, uma das áreas que se destacou positivamente até agora. Ele afirma que mudanças importantes foram realizadas com a descentralização do atendimento em hospitais, a contratação de 7 mil servidores e a compra de equipamentos de última geração, mas reconhece que ainda há muito a ser feito – especialmente em relação a medicamentos.
Eu tenho pesquisas. Quem não vai, que tem plano de saúde, avalia como péssimo o sistema público porque não vai lá”, explicou. “Quem vai já avalia muito melhor. E o servidor que está lá [trabalhando nas unidades públicas de saúde], ele está vendo [a melhora]."
Governador Agnelo Queiroz, sobre o sistema de saúde do DF

“O pouco que falta [de remédio] é licitação, às vezes dá vazio, a gente tem que respeitar os prazos. É muito pela estrutura mesmo. Mas mesmo assim acho que a gente pode planejar melhor e nem isso faltar. Nós precisamos melhorar a estrutura de logística. É por isso que eu digo: tem coisas [que estamos] fazendo que são positivas, mas nós precisamos melhorar a logística de medicamento, por exemplo.”

Já as maiores dificuldades, aponta, estão na área de educação. Uma das medidas previstas para amenizar o problema é a criação de 116 creches em período integral. Atualmente, a capital do país tem pelo menos 11 mil crianças com até 5 anos fora da escola por falta de vagas. O número corresponde aos pedidos registrados no telematrícula que não foram contemplados. Paranoá, Samambaia e Plano Piloto têm os índices mais altos.

Mas, apesar de se atribuir uma nota baixa, Agnelo não descarta a possibilidade de tentar a reeleição no Distrito Feral. “Eu preciso fazer bem o mandato que a população me deu”, afirmou. “Sobre o futuro, é evidente que só a vida pode mostrar o amanhã, e a própria população.”

Segundo o chefe do Executivo local, a avaliação mediana destes dois primeiros anos se deve aos problemas encontrados quando ele assumiu o governo. Agnelo classificou o período como de “reorganização da casa”, enquanto os próximos serão de efetiva implantação das promessas eleitorais. O objetivo é terminar o mandato com nota 8 ou 9.

“[Esta foi a] fase em que você traçou as políticas, elas estão em implantação, e essas políticas, para que haja uma percepção da população de que melhorou, não é de uma hora para outra”, afirmou o governador.

Entre as promessas essenciais que ele diz que vai cumprir até o final de 2014 estão o resgate do sistema público de saúde, mudanças na área de habitação, construção de creches de tempo integral, ressocialização de crianças e adolescentes infratores e melhorias na segurança pública. Além disso, o governador afirmou que vai implantar um transporte público de qualidade e uma política efetiva de resíduos sólidos.

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