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Enviado dos EUA nega tensão com Israel, mas cobra Estado palestino

Folha Online

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, negou nesta terça-feira que haja tensão entre seu país e Israel e defendeu um "reinício em breve e uma rápida conclusão" dos diálogos de paz de israelenses e palestinos. "Estamos comprometidos em uma série de conversações com nossos sócios israelenses, palestinos e regionais para promover a retomada das negociações"

Mitchell deu as declarações após uma reunião com o presidente de Israel, Shimon Peres e após o presidente Barack Obama ter manifestado, com firmeza, seu apoio à criação de um Estado palestino independente e vizinho a Israel e a sua rejeição à colonização judaica dos territórios palestinos ocupados --ideias que o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, rejeita.

"Deixem que eu seja claro: não se trata de desacordo entre adversários. Os EUA e Israel são e continuarão sendo aliados próximos e amigos", disse Mitchell.

O enviado disse ainda que suas reuniões com Peres e outras autoridades israelenses são "discussões entre amigos que dividem objetivos comuns: paz, segurança e prosperidade para todos desta região". "Quero estabelecer clara e enfaticamente, além de qualquer dúvida, que o compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel continua inquebrável."

No entanto, o americano não deixou de reiterar que a solução ao conflito entre israelenses e palestinos, aos olhos do governo Obama, passa por "um Estado palestino que viva em paz e segurança ao lado do Estado judaico de Israel". Mitchell pediu que as duas partes "cumpram as obrigações estabelecidas no Mapa de Caminho" --o plano americano de paz que norteia as discussões sobre o conflito.

Neste domingo (6), o premiê israelense anunciou que, nos próximos dias, irá realizar um discurso sobre seu plano de paz para a região. Nesta segunda-feira (7), ele conversou com Obama por telefone sobre o assunto.

Mitchell irá se encontrará ainda na tarde desta terça-feira com Netanyahu e seu chanceler, o líder da extrema direita e colono Avigdor Lieberman.

Nesta quarta-feira (10), o americano viaja para a cidade de Ramallah, na Cisjordânia, onde será recebido pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e outras autoridades da Muqata (sede do Governo). Em seguida, ele continua sua viagem em Damasco e Beirute, onde se reunirá com as autoridades sírias e libanesas.



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