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Notícias / Brasil

Amigos e familiares de servidora assassinada organizam passeata

G1

Amigos e familiares da servidora pública Ana Cláudia Rossi Pinto, de 29 anos, encontrada morta em Araraquara (SP), na noite de 27 de dezembro, após ser estuprada, organizam uma passeata em sua homenagem neste domingo (6), com concentração em frente à Prefeitura, a partir das 14h. A mobilização teve início pela rede social Facebook e deve reunir cerca de 200 pessoas, segundo os organizadores.

A homenagem ocorre após a prisão de André Luis Vieira Rufino, de 27 anos, suspeito de ter violentado sexualmente e matado Ana Cláudia, embaixo de um pontilhão, na Avenida 22 de Agosto, na Vila Xavier. Durante interrogatório, ele confessou o crime.

A passeata vai percorrer o caminho feito pela servidora pública, que, segundo a Polícia Civil, deixou o prédio da Prefeitura para almoçar e foi abordada próximo ao pontilhão, sendo levada para baixo dele, onde seu corpo foi encontrado. Os organizadores pedem para que os participantes levem rosas brancas, para serem deixadas no local, em memória de Ana Cláudia.

Local onde Ana Cláudia foi morta é alvo de
reclamações (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)

Além da homenagem, amigos e familiares querem pedir providências para a melhoria do local onde o crime ocorreu. “O lugar fica no Centro da cidade, mas é um risco, queremos que limpem a área, para evitar que outros crimes aconteçam no local”, diz Natália Fernanda de Almeida, de 24 anos, amiga de Ana Cláudia e uma das organizadoras da passeata.

O caso
Ana Cláudia Rossi Pinto de Souza, de 29 anos, foi encontrada morta na noite de 27 de dezembro, embaixo de um pontilhão da Avenida 22 de Agosto, na Vila Xavier. O corpo dela tinha sinais de estrangulamento e de violência sexual.

Segundo a Polícia Civil, ela tinha sido ameaçada durante a manhã por um rapaz que queria uma passagem para São Paulo; na hora do almoço, a mulher ligou para o serviço para dizer que estava sendo seguida por um homem e depois disso não foi mais vista.

Suspeito de matar servidora pública de Araraquara
é preso e confessa crime (Foto: Tribuna Impressa)

Após denúncia anônima a polícia chegou a um suspeito, preso nesta sexta-feira. Em quase duas horas de interrogatório, André Luis Vieira Rufino admitiu que violentou sexualmente e matou a vítima.

Rufino foi detido pela Polícia Militar em uma praça do bairro do Carmo. Após a abordagem, negou o envolvimento no crime, mas depois acabou confessando que matou após ter consumido crack. Segundo informações da Polícia Civil, ele simulou estar armado para arrastá-la até um lugar isolado. Após estuprá-la, ele a estrangulou com o cadarço do próprio tênis.

O suspeito ainda teria roubado R$ 80 e a aliança de noivado de Cláudia. O suspeito foi indiciado por latrocínio, que é roubo seguido de morte, e estupro. Ele está preso temporariamente na Cadeia de Jaboticabal.

“Conseguimos nas investigações localizar uma testemunha que jogou uma carteira no chão e falou que seria do autor do crime, que inclusive na data anterior teria tentado estuprá-la”, relata o delegado Fernando Teixeira Bravo.

As suspeitas aumentaram depois que a Polícia Civil ouviu os depoimentos de quatro testemunhas. Uma delas mostrou o lugar onde disse ter visto a vítima com um homem pela última vez; o local é o mesmo de onde ela teria feito a última ligação para o chefe no trabalho, às 12h45. Cerca de 15 minutos depois, outra pessoa viu o suspeito sair sozinho do local.

O suspeito cumpria pena por tentativa de roubo. Ele estava em liberdade provisória havia seis meses e morava com a família em São José do Rio Preto. “Em São José tivemos informações extaoficiais que ele, na semana passada, teria vindo para Araraquara e isso é mais um indicativo de que ele é o autor do crime”, afirma Bravo.

Primeiro suspeito

O outro suspeito, preso no sábado (29) e levado para a Cadeia de Jaboticabal foi solto. Segundo o delegado, não há indícios de que ele tenha estado no local do crime no momento em que tudo aconteceu. O homem concordou em doar sangue para exames que serão comparados às amostras coletadas da vítima. Ele vai aguardar o resultado em liberdade.
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