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Laudo atesta que modelo morta ao colocar silicone não usava drogas

G1

O laudo toxicológico feito no corpo da modelo Louanna Adrielle Castro Silva, de 24 anos, apontou que a jovem não fazia o uso de drogas ou bebida alcoólica. A informação foi confirmada ao G1 na tarde desta segunda-feira (7) pela delegada Miriam Borges. Louanna era de Jataí, no sudoeste de Goiás, e morreu no dia 1º de dezembro do ano passado após iniciar o procedimento cirúrgico para colocar prótese de silicone nos seios.

Em depoimento na época, a médica anestesista Beatriz Vieira Espíndola, que participou da cirurgia na modelo, detalhou a intervenção da equipe médica para ressuscitar a paciente, que sofreu duas paradas cardíacas. Ela disse que durante a operação a paciente teve reações que poderiam ser comuns a pessoas que já usaram algum tipo de droga. A suspeita de uso de cocaína e ecstasy constou no relatório médico encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

A suposição da anestesista chocou família e amigos da vítima, que negaram que a modelo fizesse o uso de álcool ou entorpecentes. “Muitos filhos fazem isso escondido dos pais [usam drogas], mas eu falo pelo caráter dela e por todos os amigos que conhecem ela e sabem que isso não é verdade. Eles vão ter que provar isso”, contestou a mãe de Louanna em entrevista à TV Anhanguera em dezembro.

Para a conclusão do inquérito, a delegada Miriam informou que ainda falta o resultado do exame cadavérico, que vai apontar o que causou a morte de Louanna. “O resultado do exame toxicológico foi negativo e isso descarta a hipótese dos médicos. Vamos agora aguardar o exame cadavérico, que vai apontar se ela tinha problemas cardíacos ou se houve negligência médica”, explicou a delegada.

O resultado do exame cadavérico não tem previsão para ficar pronto.

Negligência
O médico que fez a cirurgia e a anestesista negam que houve negligência. Após prestar depoimento, a médica anestesista Beatriz Vieira afirmou que estava tranquila. “Estou tranquila em relação a todos os procedimentos realizados no atendimento da Louanna. Eu e o doutor Rogério [médico responsável pela cirurgia] até solicitamos a abertura de sindicância para o Conselho Regional de Medicina apurar o caso. Posso afirmar que não houve nenhum tipo de negligência e tentamos preservar a vida da paciente, mas, infelizmente, ela veio a óbito”, enfatizou a anestesista após prestar depoimento, em dezembro.

O cirurgião Rogério Morale de Oliveira também sustenta a versão de que não houve erro médico: “Posso afirmar que em nenhum momento houve negligência ou imperícia de minha parte ou de qualquer outro componente da equipe médica”.

Morte
Louanna eleita Miss Jataí Turismo em maio deste ano. Segundo a família, ela sonhava com a cirurgia. De acordo com a família, ela já tinha feito o procedimento na mama direita, mas sofreu uma parada cardíaca ao receber a prótese na mama esquerda. Sem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no hospital, a jovem teve de ser encaminhada para outra unidade, mas não resistiu.
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