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Ministro descarta apagão mas diz que termoelétricas vão aumentar tarifa

De Brasília - Vinícius Tavares

A colocação em operação das usinas termoelétricas deve provocar aumento de 1% na tarifa da conta de energia para o consumidor cada vez que as unidades térmicas forem acionadas para suprirem a energia gerada pelas hidroelétrica. A informação foi repassada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, após reunião com Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em Brasília, nesta quarta-feira (9.1).

"São cerca de R$ 400 milhões durante os meses que térmicas a diesel e óleo são despachadas. Essa pequena diferença será repassada ao consumidor, mas não chega a 1%", disse o ministro.

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico busca evitar apagão no país

O possível aumento da tarifa frustra o anúncio do governo de que reduziria em 20% a tarifa para o consumidor comum prometida para 2013.

O ministro citou o início das operações de usina termoelétrica localizada em Uruguaiana, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. De acordo com Lobão, o Brasil tem condições de agregar 8,5 mil megawatts em 2013 com o funcionamento das termoelétricas.

"Isto é mais do que precisamos. A cada dia que passa conseguimos também agregar mais uma turbina em diversas usinas que estão em operação", frisou.

Edison Lobão descartou a possibilidade de racionamento de energia por conta da falta de chuvas nas regiões Norteste, Centro-Oeste e Sudeste e do baixo nível dos reservatórios que garantem água para o funcionamento das hidrelétricas.

Ele afirmou que o nível dos reservatórios tende a se elevar eliminando o risco de desabastecimento. E citou o fato de estar chovendo neste momento na região centro-oeste, fato, segundo ele, diferente do quadro vivido em 2001, quando houve apagão.

"Em janeiro de 2001 não havia chovido nada, bem diferente de agora. A tendência é de o nível dos reservatórios de elevar", afirmou.

Edison Lobão descartou qualquer risco de desabastecimento para o setor industrial, que depende essencialmente de energia oriunda do gás. O Brasil dispõe de 90 milhões de metros cúbicos de gás para a indústria, dos quais 45 milhões de metros cúbicos são produzidos no Brasil e outros R$ 15 milhões de metros cúbicos são oriundos da Bolívia.

Mais informações em instantes.
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