Imprimir

Notícias / Esportes

Longe do filho e perto de recorde, Kaká lidera o Brasil contra o Paraguai

Globo Esporte

No Recife, Kaká veste camisa da seleção brasileira com homenagem ao aniversário do filho Luca O dia é especial para Kaká. Nesta quarta-feira, dia 10 de junho, o filho do craque, Luca, completa um ano de idade. Concentrado com a seleção para o jogo contra o Paraguai, às 21h50m, no estádio do Arruda, no Recife, pela 14ª rodada das eliminatórias, o meia vai passar a importante data longe do primogênito. Um sacrifício necessário para ajudar o Brasil a se classificar para a Copa do Mundo de 2010 e que seria amenizado com um presente dentro de campo: um gol.

Se balançar a rede, Kaká revelou que vai dedicar o gol a Luca. E também vai igualar a marca de Zico e Romário como o maior artilheiro da seleção nas eliminatórias com 11 gols. Uma festa completa para o craque e para a torcida brasileira. A partida será transmitida ao vivo pela Rede Globo e terá
acompanhamento em tempo real pelo GLOBOESPORTE.COM.

Os 2.670 quilômetros de distância entre Recife e São Paulo, cidade em que estão Luca e a esposa Caroline, são encurtados via Internet. Além do tradicional telefonema, Kaká vai dar os parabéns ao filho com a ajuda de uma webcam. Luca já reconhece a imagem do pai na tela do computador. O inocente sorriso ao vê-lo serve de inspiração para o jogador.

- Realmente as pessoas não sabem o sacrifício que muitas vezes a gente faz. Ficar longe de casa é difícil. Meu filho completa um ano e vou estar longe dele. Mas com certeza vou estar em campo e ele vai ser uma motivação para mim. Toda vez que entro em campo a minha família é uma motivação, corro também pelo meu filho. Fazer um gol no dia do aniversário dele me deixaria muito feliz - disse Kaká.

- Fazer um gol no dia do aniversário dele me deixaria muito feliz - completou o meia, que na última segunda-feira anunciou oficialmente o acerto com o Real Madrid por seis temporadas e virou mais um "galáctico".

Dos 23 jogadores da seleção brasileira, apenas oito ainda não são pais. Gilberto Silva, por exemplo, entende bem o sentimento de Kaká, que não vai participar da festa de aniversário de Luca. No ano passado, o volante servia a seleção quando passou a data longe da filha Isabella.

- A gente mata a saudade por telefone. Não tem outro jeito. Todo jogador está aqui com uma satisfação muito grande e se sacrificar em prol da seleção. Todos vestem essa camisa com maior orgulho, com o maior amor do mundo.

Os jogadores da seleção brasileira vão ficar praticamente um mês concentrados e longe da família. Por isso, aproveitam algumas chances para diminuir a saudade. Foi o que fez Daniel Alves, que no último sábado após marcar um gol em cima do Uruguai, beijou uma tatuagem da esposa que tem no braço direito.

– Quem está por trás nos incentivando nos momentos difíceis merece esse tipo de homenagem. Temos que lembrar de quem gosta da gente. Por isso dediquei o gol à minha esposa. Ainda bem que inventaram o telefone, para a gente se comunicar com os familiares e matar um pouco a saudade. Somos privilegiados de estarmos na seleção e, com isso, sei que os nossos familiares estão felizes de ver a gente representando o país - disse Daniel Alves.

Dunga faz mistério sobre o companheiro de Robinho

Sem Luís Fabiano, expulso na partida contra o Uruguai, no último sábado, Dunga preferiu fazer mistério sobre quem será o companheiro de Robinho no ataque. Alexandre Pato e Nilmar disputam a vaga, com uma pequena vantagem para o jogador do Milan.

Uma vitória vai deixar o Brasil muito perto da classificação para a Copa do Mundo. Atualmente, a seleção está em primeiro com 24 pontos ao lado do próprio Paraguai, sete a mais do que o Uruguai, que está em quinto e que precisaria disputar uma repescagem para conseguir a vaga.

- O nosso principal objetivo no ano é a classificação para a Copa. Quando mais cedo a gente conquistar a vaga, melhor - disse Dunga.

Recife tem uma ligação forte com a seleção. Em 1993, os jogadores entraram de mãos dadas no estádio do Arruda para enfrentar a Bolívia, pelas eliminatórias. Um gesto que virou símbolo da união da equipe que no ano seguinte conquistaria o Tetra nos Estados Unidos.

- Somos sempre muito bem recebidos aqui. A torcida tem demonstrado muito carinho e apoio. E temos que retribuir isso marcando gols e jogando bem - disse Robinho.

O Brasil não perde uma partida jogando em casa há quase sete anos (17 jogos). Mas foi justamente o Paraguai o responsável pelo último tropeço. Cuevas fez o gol da vitória por 1 a 0 do rival em um amistoso em Fortaleza, em agosto de 2002. Gilberto Silva, Kléberson e Kaká estavam naquela partida comemorativa pelo Penta.

O Brasil entra em campo tentando superar o algoz até agora destas eliminatórias. Após 13 rodadas, a única derrota da seleção foi justamente para o Paraguai. A partida de Assunção terminou 2 a 0 para o time da casa, gols de Santa Cruz e Cabañas.

O técnico argentino Gerardo Martino terá de volta o lateral-direito Darío Verón, o zagueiro Paulo da Silva e o atacante Cabañas, que estavam suspensos. O meia Jonathan Santana, recuperado de uma lesão muscular, também está à disposição. Mas a equipe vai estar desfalcada dos atacantes Nelson Valdez e Oscar Cardozo, além do zagueiro Julio Manzur, suspensos.
Imprimir