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Zeca Pagodinho faz apelo para ajudar vítimas da chuva em Xerém, RJ

G1

O cantor Zeca Pagodinho chegou dos Estados Unidos nesta sexta-feira (11) e foi direto para Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O artista retornou ao local mais afetado pelas chuvas de 3 de janeiro e fez um apelo para que caminhões-pipa busquem água em uma rede de tratamento montada na Rua Carlos Matheus, 93, em Xerém.

Uma empresa paulista emprestou um equipamento de tratamento de água, alocado na Escolinha do Zeca, para puxar a água do rio e deixar a água potável. O cantor pediu para quem puder enviar caminhões-pipas buscar a água e distribuí-la para a população.

O cantor agradeceu a todos pelas doações feitas a Xerém e disse que roupa não é mais um item necessário, mas materiais de higiene pessoal são bem-vindos.

"Primeiro [quero] agradecer a força que todo mundo deu para nossa querida Xerém. Roupa a gente não está precisando mais, já tem muita coisa aqui. Estamos precisando de coisas de higiene pessoal. Lencinho para neném, toalhinha, sabonete, fralda, essas coisas que criança usa", pediu o cantor. Ele coordenou a entrega das doações para moradores que chegaram no local na manhã desta sexta-feira (11).

'Nunca vi algo parecido'
No dia em que a chuva atingiu o distrito, Zeca percorreu as ruas de Xerém. "Estou aqui há quase 20 anos. Adoro isso aqui, meus filhos foram criados aqui. Nunca vi algo parecido. Está triste. Lá em cima a situação está muito ruim. Tem criança desaparecida, tem família soterrada. Tem casa que desceu rio abaixo. A gente está aí, desde as 6h da manhã, ajudando, mas está triste", contou o cantor.

O sambista, que tem um sítio e uma casa em Xerém, abrigou o casal vizinho Leonardo Oliveira, de 30 anos, e Raylua Cardoso, de 24 anos, e os dois filhos, uma menina de 1 ano e 2 meses e um menino de 5 anos. A família perdeu a casa após o temporal que atingiu o município na madrugada desta quinta-feira (3). “A minha filha menor Maria Eduarda está chorando muito porque está preocupada com as amiguinhas que moram aqui e também perderam as casas. Eu ajudo como posso. Abriguei este casal de amigos aqui e tem várias crianças na minha sala”, contou o sambista em entrevista ao G1.
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