O incêndio que atingia a região da Chapada Diamantina (BA) há seis dias foi controlado neste final de semana, informou neste domingo (13) o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

"Ainda há pequenos focos espalhados, mas as linhas do incêndio, inclusive a que se dirigia para o município de Lençóis, não existem mais", diz o chefe substituto do Parque Nacional da Chapada Diamantina, César Gonçalves.

Apesar de praticamente debelado, o fogo foi responsável por uma "tragédia ambiental" na região, na definição do órgão federal.

Antes do final de semana o incêndio já havia consumido ao menos mil hectares de vegetação, o equivalente a área de seis parques Ibirapuera (SP). Também chegou a ameaçar cidades e pontos de visitação famosos pelo turismo ecológico, como a cachoeira da Fumaça e o morro do Pai Inácio.

A chuva fina que atingiu a região na madrugada de sábado (12) foi fundamental para o controle do fogo.

Houve áreas atingidas que não queimavam havia 40 anos e também houve focos fora da área do parque, como em Morro do Chapéu.

Como ainda há risco de as chamas serem retomadas --por condições da natureza ou pelo fato de o local ter uma extensão de 152,5 mil hectares--, a extinção do incêndio só poderá ser confirmada em até três dias.

O secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, levantou a hipótese de que o incêndio tenha sido criminoso.

A região enfrenta seca há meses, e brigadistas voluntários e moradores criticaram o intervalo de quatro dias até a chegada do reforço oficial para combater o fogo.

A preocupação, agora, é que o setor turístico não seja prejudicado. "Famílias com hospedagem marcada ligaram para saber se deveriam vir", disse Luana Silva, da Pousada das Árvores, em Lençóis.

De acordo com agências de turismo que promovem os tradicionais passeios do lugar, somente um, de 20 roteiros, o do Morrão, não está podendo ser realizado.