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“Seria antiético discutir agora sobre substituição de Henry”, diz Geller

De Brasília - Catarine Piccioni

Secretário nacional de Política Agrícola no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller (PP) afirmou nesta terça-feira (15) que seria “antiético” discutir neste momento sobre eventual substituição do deputado federal Pedro Henry (PP) na Câmara dos Deputados, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão. 

A executiva nacional e o diretório estadual do PP ainda não discutiram oficialmente a questão da necessidade de substituição de Henry. Isso porque há ainda a expectativa de que a perda de mandato decretada pelo STF seja avaliada pela Câmara, em processo interno. A Casa não quer acatar a decisão do Supremo. 

O primeiro suplente, Roberto Dorner, trocou o PP pelo PSD em 2011. Após a troca, quando surgiu uma oportunidade para que um suplente exercesse o mandato, a discussão foi parar na Justiça. Naquela ocasião, um ano atrás, Henry acabou permanecendo na Câmara e deixando definitivamente a secretaria estadual de Saúde.

“Naquela época, o PP não queria perder espaço na Câmara, especialmente por conta do fundo partidário e da participação em comissões. Mas agora muita água vai rolar. Sou muito amigo do Dorner e estou focado na secretaria. Não vou mover uma palha para brigar pelo mandato”, disse Geller, evitando comentar sobre a possibilidade de haver uma decisão da executiva nacional visando a manutenção do mandato pelos pepistas.

Geller observou que o PP não poderá, por exemplo, contestar a terceira suplente da coligação, Jaqueline Guimarães (secretária de Saúde de Várzea Grande), por infidelidade partidária, já que ela ainda estaria no PHS, partido pelo qual disputou a eleição em 2010.

No entanto, Geller não quis se manifestar sobre o posicionamento do partido diante da condição de Henry, evitando opinar se o PP deve tomar ou não uma medida em relação a ele por conta da condenação e da provável cassação. Também não quis se manifestar sobre a queda de braço entre STF e Câmara sobre a perda automática dos mandatos dos mensaleiros. “O Pedro é parceiro. Não tenho como reclamar dele”, concluiu Geller. Henry preside o diretório do PP em Mato Grosso.
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