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'Justiça tomou a decisão certa', diz mãe de Eliza sobre certidão de óbito

G1

Após decisão da Justiça de Minas Gerais, Sônia de Fátima Moura aguarda a expedição da certidão de óbito da filha, modelo e ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samudio. "A Justiça tomou a decisão certa. Minha filha não está viva, infelizmente, e não há dúvidas disso", disse ela ao G1 nesta quarta-feira (16). A decisão da expedição do documento foi proferida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues e publicada na edição de terça-feira (15) do Diário do Judiciário Eletrônico.

Sônia afirmou que a certidão de óbito é mais uma comprovação da morte de Eliza. "Eu espero que os restos mortais da minha filha sejam encontrados", disse Sônia. A modelo foi morta em julho de 2010, e seu corpo nunca foi encontrado.

Na tarde desta quarta-feira (16), a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgará o pedido de anulação do júri popular que ocorreu em novembro e condenou Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, por crimes relacionados ao assassinato de Eliza Samúdio. Sônia, que mora em Mato Grosso do Sul com o neto, Bruninho, filho de Eliza e do goleiro Bruno, informou que não estará presente na sessão.

"O meu advogado está cuidando de tudo. Ele vai comparecer à sessão", informou Sônia. Ao G1, ela informou que comparecerá apenas ao júri popular, marcado para março, onde ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, de apelido Bola, o goleiro Bruno e a ex-namorada dele, Dayanne Rodrigues, deverão ser julgados.

Certidão de óbito
O pedido da certidão de óbito foi feito pelo promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro e pela mãe de Eliza, Sônia de Fátima Moura.

A certidão de óbito é um documento expedido por um cartório civil, que declara a morte de um indíviduo e os detalhes, como data e local. O atestado de óbito é emitido por um médico que declara a morte de uma pessoa e aponta a causa médica do falecimento. Ele é necessário para a emissão da certidão. No caso de Eliza Samudio, não houve emissão de atestado de óbito. O conselho de sentença do júri entendeu que a morte da jovem foi confirmada em depoimentos durante o julgamento.

Júri Popular
Em 23 de novembro, os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, foram condenados pelo envolvimento na morte ex-namorada do jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere privado.

O júri popular, que teve início com cinco réus, acabou com apenas dois acusados: Macarrão e Fernanda. O jogador Bruno Fernandes, que era titular do Flamengo, é acusado de ter arquitetado a morte da ex-amante, em 2010, para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia. Bruno, a sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram o júri desmembrado pela juíza Marixa.

O crime
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves, MG.

Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o processo arquivado.


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