O deputado federal Eliene Lima (PSD-MT) deve seguir a orientação do seu partido na eleição da nova mesa diretora da Câmara dos Deputados, votando em Henrique Alves (PMDB-RN) para presidente da Casa. Segundo ele, o PSD discutiu bastante internamente e houve possibilidade de críticas.

“Foi uma decisão coletiva tomada a partir de vários debates dentro do partido, que esgotou o tema”, disse Lima. O apoio do PSD à candidatura do peemedebista foi anunciada em dezembro último.

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Lima também disse não estar acompanhando as acusações que estão surgindo contra Alves. Até o momento, por exemplo, supostas irregularidades na contratação de veículos no gabinete e possível favorecimento em emendas parlamentares vieram à tona. “Eu não saberia comentar sobre isso”, disse, ao ser questionado se as acusações poderiam mudar seu posicionamento. 

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Favorito na disputa, Alves, que exerce o 11º mandato seguido, defende, por exemplo, que os salários dos deputados sejam iguais aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de R$ 28.059.

Questionado sobre a proposta do peemedebista, Lima disparou: “parece que já é isso (R$ 28.059), não é?”. No entanto, após a reportagem mencionar que a equiparação prometida pelo candidato do PSD depende da aprovação de uma emenda, o Olhar Direto perdeu o contato com o deputado, que não atendeu as várias ligações seguintes.

O deputado federal Henrique Alves também já declarou que, se for eleito presidente da Câmara, não pretende cumprir a decisão da Corte pela perda automática dos mandatos dos deputados condenados no julgamento do mensalão.

A eleição da nova mesa diretora da Câmara está marcada para o próximo dia 4. Sete integrantes titulares (um presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários) e quatro suplentes de secretário devem ser eleitos para mandatos de dois anos. O voto é secreto.