Imprimir

Notícias / Brasil

'Espero que ele nunca mais apareça', diz rapaz que viu pai atirando em filho

G1

O síndico do prédio em que um pai atirou no filho em Santos, no litoral de São Paulo, afirmou, após a confusão, que já pediu para a Justiça uma liminar que proíba que o jovem dependente químico entre no prédio. O homem, de 32 anos, entrou na residência para ameaçar os pais de morte por causa de dinheiro na noite desta terça-feira (15) e acabou sendo baleado pelo próprio pai.

O rapaz tentou entrar na casa mas, como não conseguiu arrombar a porta, começou a quebrar a janela da cozinha, que fica no corredor do prédio. O pai, a mãe e a irmã do homem estavam no local. Para se defender, o pai pegou uma arma e deu dois tiros. Mesmo assim, o filho continuou quebrando a janela. Então o pai disparou pela terceira vez, e a bala atingiu a perna do rapaz.

O homem foi preso em flagrante pelo crime de extorsão. Já o pai pagou uma fiança de R$ 340, e vai responder por posse irregular de arma de fogo. No prédio, o síndico Sidney Stella disse que esta não foi a primeira vez que o dependente químico trouxe prejuízos para o condomínio. Ainda de acordo com o síndico, o próprio pai já tinha proibido a entrada do filho no prédio. “Eu espero que ele não apareça mais por aqui. Estou aguardando também que um Juiz nos mande esse processo que está para sair. Para que ele seja proibido de chegar a uma distância menor do que 100 metros do prédio. Se ele chegar ele pode ser detido”, completa Stella.

Quem esteve no local, viu o cenário de destruição provocado pelas drogas. “Eu estava na sala da minha casa e eu ouvi um barulho, uma discussão. Um gritava de um lado, e o outro gritava do outro. E de repente começaram a bater na porta. Foram muitos murros”, diz uma vizinha que não quis se identificar.

De acordo com a família, o homem já foi internado sete vezes em clínicas de reabilitação e, nesta terça-feira, teria fugido para ir até o apartamento da família. Outra vizinha também ouviu os barulhos da confusão que aconteceu no quinto andar de um prédio na orla da praia. “Eu estava vendo televisão e escutei um barulho de vidro quebrando e, na sequência, barulho de dois tiros”.

Uma moradora do prédio ao lado também viu a confusão. “Eu vi uma pessoa caída no corredor e muito sangue. Aí foi quando começou a aparecer gente gritando”, diz uma vizinha que também preferiu não se identificar. O homem foi medicado e, depois de liberado do hospital, ficou detido no 5º DP.

Imprimir