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Sem o aval do COF para fechar com Riquelme, Tirone pode ser punido

Globo Esporte

A quatro dias do final do seu mandato como presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone resolveu agir e está na Argentina para fechar a contratação do meia Riquelme. O problema é que, para isso, ele não obedeceu a uma determinação do Conselho Deliberativo do clube que, em assembléia realizada em dezembro, definiu que qualquer investimento só poderia ser realizado após ser aprovado pelo Conselho de Orientação e Fiscalização, responsável pelas finanças do clube.

Tal atitude recebeu severas críticas do presidente do COF, Alberto Strufaldi, que conversou com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM.

- Por mim, ele pode viajar para onde quiser. O problema é que ele sabe, há uma determinação, ninguém pode ser contratado agora sem a aprovação do COF. A primeira proposta feita pelo Tirone não foi aprovada e ele disse que voltaria e apresentaria um plano de marketing que viabilizaria o investimento. Até agora, estou esperando. Não adianta. Não podemos repetir os mesmos erros. Ele não pode endividar a próxima administração – afirmou o dirigente.

Strufaldi, inclusive, disse que o mandatário alviverde pode ser punido e que o COF tem o poder para vetar a negociação.
Já estamos conversando com o jurídico para ver que punição poderia ser aplicada"
Alberto Strufaldi

- Se ele fechar de qualquer maneira, nós podemos vetar, cancelar o negócio. Além do mais, já estamos conversando com o departamento jurídico para ver que punição poderia ser aplicada. Isso nunca aconteceu no clube. Não quero antecipar nada, mas posso garantir que ele não vai gostar – ressaltou.

O dirigente classifica como desespero a atitude de Tirone.

- Ele quer fazer algo no final, mas é preciso ter critério. Não pode fazer loucura. Não somos contra a vinda do Riquelme, mas o clube não pode assumir o que não tem para pagar. Já deixei vários recados e até agora não obtive retorno. Espero que ele me ligue e se explique – finalizou.

A proposta por Riquelme é de R$ 430 mil mensais de salário. O atleta ainda receberia uma bonificação por partida disputada e, se disputasse 70% dos jogos da temporada, teria o contrato renovado.

A reportagem tentou contato com o presidente do Palmeiras, mas ele não atendeu seu telefone.
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