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Abel destaca Wagner, mas freia empolgação: 'Sem pular etapas'

Globo Esporte

Wagner chegou ao Fluminense em dezembro de 2011 depois de quase três anos atuando no futebol europeu (Rússia e Turquia). E nunca escondeu que sofreu para se readaptar ao futebol brasileiro em sua primeira temporada com a camisa tricolor. Sem conseguir reeditar o futebol que o fez se destacar no Cruzeiro, ainda foi vencido por uma pubalgia em outubro do ano passado. Foram cerca de 70 dias de recuperação até voltar a treinar com o elenco durante a pré-temporada. A recompensa veio com dois gols e uma bela atuação na estreia no Campeonato Carioca (veja no vídeo ao lado). O desempenho rendeu elogios do técnico Abel Braga e até mesmo um pé no freio do próprio comandante.

- O Wagner sempre entrou bem no ano passado. Ele dá uma dinâmica boa para a equipe. Só que teve um problema sério no púbis, e precisamos ter calma, sem pular etapas, porque seria precipitado. Esse tipo de lesão atrapalha o chute, o cruzamento, o arranque... Tudo usa o púbis. Não foi uma lesão muscular, que você recupera e acabou. O púbis é solicitado o ano todo e por isso temos que ter cuidado. Wagner vai entrar nos próximos jogos independentemente de quanto estiver o placar. Para ser titular, ainda temos que pensar bastante. Ele é daqueles que não se poupam em campo - lembrou o treinador.
Wagner contra o N. Iguaçu

2 finalizações
2 cabeçadas
2 gols
13 passes certos
4 passes errados
2 bolas levantadas
2 jogadas de linha de fundo

Abel foi além e questionou as perguntas da imprensa sobre o desempenho de Wagner em 2012. Mesmo sem conseguir reeditar o futebol apresentado no Cruzeiro, o apoiador se destacou aos olhos do treinador, que espera que os elogios após a boa estreia façam bem à autoestima do camisa 19. Antes do jogo contra o Nova Iguaçu, o apoiador tinha apenas um gol com a camisa tricolor. Agora são três em 48 partidas.

- Às vezes eu fico um pouco confuso com aquilo que a imprensa fala sobre alguns jogadores. E sou eu que comando eles. No ano passado, a equipe manteve o mesmo rendimento quando o Deco se machucou e o Wagner entrou. Aliás, não sei por que falavam pouco dele. E também não vai ser agora que deve receber muitos elogios porque jogou alguns minutos e fez dois gols. Não podemos fazer do Wagner ou de qualquer outro a solução do Fluminense. Para mim, como treinador, sempre o achei um ótimo jogador. Isso nunca esteve em discussão. Ele já sabia que entraria contra o Nova Iguaçu. Todos poderiam estar jogando muito bem, e ele ainda assim entraria. É um jogador fundamental no nosso grupo. Mesmo tendo jogado bem em 2012, concordo que ele não leu muitas coisas positivas da crítica esportiva. Agora está sendo elogiado. De repente mexe com a autoestima dele. Tomara - frisou.
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