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Planalto não tem preferência em eleições de Câmara e Senado, diz Ideli

G1

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou nesta quarta-feira (23) que o Planalto não tem nenhuma preferência em relação aos candidatos à presidência da Câmara e do Senado. As duas Casas elegerão novos membros da Mesa Diretora no próximo mês.

Ideli Salvatti, que é responsável pela articulação política entre o Planalto e o Congresso Nacional, disse que a decisão dos parlamentares é “soberana” e que a Presidência da República está apenas “acompanhando” o processo. Ela participou de um café com jornalistas nesta manhã.

“A deliberação de presidência e Mesa é uma deliberação autônoma, soberana do Congresso Nacional, e para nós apenas estamos acompanhando e respeitaremos como sempre a deliberação soberana dos deputados e senadores”, afirmou a ministra.

“[O Planalto] não tem preferência, porque a preferência nossa é que eles escolham e que a gente possa continuar tendo esta relação produtiva, benéfica para o país, que nós tivemos ao longo desses dois anos”, declarou Ideli ao ser questionada se o Planalto estaria apoiando algum candidato.

Disputam a presidência da Câmara dos Deputados Júlio Delgado (PSB-MG), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que aparece como favorito e tem apoio de partidos da base alaida, inclusive do PT .

No Senado, Randolfe Rodrigues (Psol-AP) lançou sua candidatura e deverá disputar a presidência da Casa com Renan Calheiros (PMDB-AL), nome que representa a base do governo na disputa.

Ideli afirmou que o acordo que poderá levar o PMDB à presidência tanto da Câmara quanto do Senado – com Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros – deve ser cumprido. O acordo entre os parlamentares é de que as maiores bancadas presidam as Casas. O PMDB tem maioria na Câmara e no Senado. Em 2011, o partido concordou em apoiar a candidatura do petista Marco Maia para presidência da Câmara, em troca de apoio do PT para a eleição atual, de 2013.

“Essa é a regra que é estabelecida pelo próprio Congresso. No caso da Câmara, o acordo foi outro, foi acordo de revezamento. Mas tudo isso foi feito no Congresso. Obviamente que, se há acordo, é de bom tom que se cumpra, mas é um acordo produzido pelos partidos no Congresso”, afirmou a ministra.

Questionada se seria “perigoso” deixar o comando das duas Casas com o PMDB, Ideli lembrou que o vice-presidente da República, Michel Temer, é peemebedista. “Meus queridos, o PMDB é vice-presidente da República. O PMDB integra o governo em vários ministérios. Nós temos a convicção de que, da mesma forma como tivemos dois bons anos de relação, 2011, 2012, produtivos, com aprovações importantes, acredito que vamos ter tranquilidade para continuar [a relação] ”, afirmou.
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