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Temer diz que Calheiros pode fazer uma 'belíssima gestão' no Senado

G1

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira (23) que o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), é um nome que tem tradição para presidir o Senado e que pode fazer uma "belíssima" gestão. Calheiros é o indicado do PMDB para a eleição da Mesa, e tem o apoio da bancada da base governista. A eleição para escolher o sucessor de José Sarney (PMDB-AP) está marcada para o próximo dia 1ª de fevereiro.

“O Renan ainda não é candidato, será candidato a partir de talvez da semana que vem. Acho que é o nome escolhido pelo Senado, pelo partido, que tem tradição. Pode fazer uma belíssima gestão, é isso que nós esperamos”, afirmou o vice-presidente.

Renan Calheiros (AL) já foi presidente do Senado, mas renunciou ao cargo em 2007, acuado por denúncias de que teria a pensão de uma filha paga por uma construtora. Na análise do vice-presidente, o histórico da renúncia não deve trazer prejuízos a Calheiros.

“ Vai depender muito da gestão que ele [Calheiros] vier a fazer. Ele fazendo uma gestão correta, adequada, isso ao invés de prejudicá-lo, vai enaltecê-lo. Mas é o futuro que vai dizer”, afirmou.

Michel Temer esteve no Senado no final da manhã desta quarta para uma visita de cortesia a Sarney. Segundo ele, a sucessão no Senado não esteve na pauta do encontro.Sobre a eleição na Câmara, o vice-presidente não quis falar sobre um eventual vencedor.

O nome mais forte na disputa é o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), que tem o apoio do partido e da base do governo na Casa. A atual vice-presidente da Casa, Rose de Freitas (PMDB-ES), lançou a candidatura em novembro, mesmo sem o aval da cúpula peemedebista. Quem também está na disputa é o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

“Na Câmara, está caminhando. Uma coisa democrática. O melhor candidato, o que ganhar a simpatia da bancada, vai ser eleito”, afirmou Temer.

FPE
O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou ainda que o governo tem tomado providências para não prejudicar os estados quanto à distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). O projeto com a nova proposta de redistribuição deveria ter sido votado pelo Congresso no final do ano passado por determinação do Supremo, mas não houve acordo para votação. Com isso, o governo fez dois repasses em 2013 baseado em regras que já venceram.

Nesta terça, o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski deu prazo de cinco dias para que o Congresso se manifestasse sobre o motivo de não ter aprovado dentro do prazo estipulado pelo tribunal novas regras de rateio do fundo. Sarney se antecipou e respondeu no mesmo dia. O presidente do Senado afirmou em ofício que não houve "omissão" do Legislativo ao deixar de votar a matéria até o dia 31 de dezembro.

“O governo tem tomado providências no sentido de não prejudicar os Estados. Muito proximamente o Congresso Nacional deve se reunir para decidir essa matéria, não tenho dúvidas disso [...] O Congresso tem o seu tempo, no seu tempo vai decidir, não vai prejudicar”, disse Temer.

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