Mesmo afastado do cargo desde o dia 2 de janeiro, o ex-secretário Extraordinário de Assuntos Institucionais da Capital em Brasília, Ricarte de Freitas, entregará nas mãos do prefeito Mauro Mendes (PSB) um relatório contendo detalhes sobre o funcionamento do órgão em seus quase dois anos de existência e defenderá a manutenção das atividades "independentemente de quem ocupe o cargo".

O conversa ocorrerá na próxima segunda-feira (28.1), em Brasília, quando Mauro Mendes deve integrar comitiva da Associação Mato Grossense de Municípios (AMM) para mais uma marcha de prefeitos organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

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A iniciativa de Ricarte ocorre em meio à possibilidade de Mendes fechar o Escritório sob alegação de redução de despesas. O prefeito declarou recentemente que fará um diagnostico em fevereiro para entender o funcionamento do órgão.

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No documento a ser entregue a Mauro, Ricarte vai mostrar resultados práticos dos quase do anos de atuação da Secretaria. Entre eles, ele destaca a venda da administração da folha de pagamento dos funcionários da prefeitura da Capital ao Banco do Brasil.

Segundo o ex-secretário, o ex-prefeito Chico Galindo (PTB)  havia obtido R$ 15 milhões com a venda da folha. Após gestão política junto ao Banco do Brasil, destaca Ricarte, o valor arrecadadado pela prefeitura chegou a R$ 30 milhões.

“Foi uma das ações mais importantes da Secretaria. O valor arrecadado no final foi muito superior ao negociado por Galindo e só foi obtido porque houve gestão política da Secretaria aqui em Brasília”, sustenta.

Ricarte afirma ainda que a Secretaria só se justifica se houver interação direta com os responsáveis pelos convênios da prefeitura com o governo federal. De acordo com o ex-dirigente, além da articulação direta com os Ministérios e demais órgãos da administração federal, o Escritório fica responsável por prospectar ações extraorçamentárias para a Capital.

"Na minha avaliação, independente de quem assuma, se o prefeito der uma formatação de total interação com os setores responsáveis por convênios e projetos, a Secretaria pode dar resultados fantásticos”, destaca Ricarte.

O ex-deputado confirma informação de que o Escritório tenha um orçamento anual de R$ 1 milhão mas alerta que a execução orçamentária em 2012 foi de cerca de R$ 500 milhões. Ele acrescenta que apesar do ato do gabinete do prefeito ter exonerado servidores, o órgão continua dando despesas com telefone e aluguel, entre outros.

“A execução orçamentária em 2012 foi de R$ 500 mil e nem todos os recursos foram utilizados. O orçamento previsto para 2013 é igual ao de 2012, mas a execução deve ser menor pois não estão previstos gastos com automóvel, mobiliário para instalação do Escritório. Como fomos todos exonerados e como não havia nenhum servidor efetivo, a secretaria está acéfala”, completa.

Em novembro passado, a Secretaria promoveu uma reunião-almoço entre Galindo, Mendes e parte da bancada federal de Mato Grosso. O objetivo foi o de reaproximar a prefeitura dos parlamentares com o objetivo de levar recursos federais e investimentos privados para a Capital. O encontro foi organizado por Ricarte de Freitas e todas as despesas foram pagas pela Secretaria. 

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Naquela oportunidade, Mauro Mendes defendeu uma maior articulação com a bancada federal para garantir a continuidade de obras iniciadas por Galindo e proporcionar o crescimento da Capital com o advento de eventos como a Copa do Mundo.

Atualizada e corrigida às 16h27