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Tradição e acordos são justificativas de Maggi para preterir Pedro Taques

Da Redação - Jardel P. Arruda

 Tradição. Essa é a justificativa do senador Blairo Maggi (PR) para ter preterido Pedro Taques (PDT) em favor a Renan Calheiros (PMDB-AL) nas eleições para presidência do Senado Federal. De acordo com o republicano, é costume antigo a maior bancada do parlamento indicar o presidente.

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“Se não fosse assim, o PT, que é a segunda maior bancada, poderia reivindicar a presidência. Não é nada contra o colega Pedro Taques”, disse o senador, na noite de quinta-feira, durante o evento em Cuiabá para acompanhar o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, apresentar o Neri Geller como secretário Nacional de Políticas Agrícolas.

Apesar de contribuir da manutenção dos mesmos partidos e até mesmo das mesmas pessoas na presidência do Senado – Renan já foi presidente daquele parlamento em entre 2005 e 2007- Maggi se resumiu a afirmar que apenas está segue a norma. “Essa é a regra”, disse, abrindo os braços e torcendo a boca, como quem não pode mudar nada.

Acordos Partidários, escândalo minimizados

Outro motivo para Blairo Maggi vaticinar o voto em Renan teriam sido os vários acordos políticos feitos pelo bloco partidário de que faz parte. De acordo com ele, o PR fez vários acordos e, por isso, seria preciso honrar com voto no candidato peemedebista.

O republicano também minimizou o fato de Renan Calheiros novamente ser alvo de denuncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República, acusando-o de uso de notas frias para justificar o patrimônio. “Eles tiveram desde 2007 para resolver tudo isso. Passou bastante tempo, não passou? Dava tempo de terem resolvido isso”.

Contraditoriamente ao discurso de Blairo Maggi, o senador Pedro Simom (PMDB-RS), apesar de colega de partido de Renan, pediu, no discurso que antecedeu a votação, para o correligionário desistir da candidatura a presidência devido aos problemas judiciais. Simom teme uma cassação de Renan no caso de o Supremo Tribunal Federal acatar as denúncias.

“Ele se elege hoje e o presidente do Supremo aceita a representação e se inicia um processo lá. E iniciando um processo lá, inicia aqui na Comissão de Ética. Vamos repetir o filme que já aconteceu?", discursou o senador do Rio Grande do Sul.

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