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Morador de Chapecó que tentou ajudar vítimas no RS recebe alta

G1

Guilherme Ferreira, que ajudou vítimas do incêndio em Santa Maria, recebeu alta do Hospital das Clínicas de Porto Alegre na tarde desta sexta-feira (01). Segundo a prima do jovem, Nataly Bernardi, ele está na capital gaúcha com os pais e deve voltar a Santa Maria, onde estuda, na próxima segunda-feira (4), quando retornam as aulas na Universidade Federalde Santa Maria (UFSM).

O estudante do último semestre de zootecnia estava dentro da boate Kiss na madrugada do último domingo (27), quando o uso inadequado de sinalizadores provocou um incêndio no local, resultando na morte de 236 pessoas. Guilherme tentou ajudar as vítimas a saírem da boate quebrando a parede com uma marreta.

Para a reportagem do G1, Gilmar Bernardi, que é padrinho de Guilherme, contou que ele chegou a ligar para a família no Oeste, e avisou que estava bem. Porém, o rapaz começou a passar mal ainda no domingo. Ele foi encaminhado ao hospital de Santa Maria e logo transferido para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), em Porto Alegre.

Entenda

O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 236 mortos na madrugada do último domingo (27). O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores:

- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
- A banda comprou um sinalizador proibido.
- O extintor de incêndio não funcionou.
- Havia mais público do que a capacidade.
- A boate tinha apenas um acesso para a rua.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
- Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros.
- 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
- Equipamentos de gravação estavam no conserto.
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