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Notícias / Economia

Bolsas europeias caem com dado negativo de produção industrial

Folha Online

As Bolsas europeias fecharam em queda nesta sexta-feira, após divulgação da queda na produção industrial na zona do euro e após o índice preliminar de confiança do consumidor dos Estados Unidos, apurado pela Universidade de Michigan, referente a junho. O dado ficou abaixo das expectativas e aumentou a incerteza sobre o ritmo de recuperação da economia dos Estados Unidos
A Bolsa de Londres fechou em queda de 0,81% no índice FTSE 100, indo para 7.691,4 pontos pontos; a Bolsa de Paris caiu 0,26% no índice CAC 40, para 3.326,14 pontos pontos; a Bolsa de Frankfurt caiu 0,74% no índice DAX, indo para 5.069,24 pontos; e a Bolsa de Madri fechou em alta de 0,06%, ficando com 9.714,40 pontos no índice Ibex-35.

A produção industrial na zona do euro registrou uma queda recorde de 21,6% em abril na comparação com o mesmo mês de 2008, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Eurostat, a agência europeia de estatísticas.

O dado divulgado superou as expectativas dos analistas, que esperavam uma contração de 19,8%. Em relação a março, o recuo na atividade industrial na região foi de 1,9%.

A produção de bens duráveis (com durabilidade mínima estimada em três anos) na região caiu 22,4% em termos anualizados. A produção de bens de capital caiu 26,7%.

A atividade econômica dos países que compartilham o euro contraiu 2,5% anualizado no primeiro trimestre do ano. Na semana passada, o BCE (Banco Central Europeu) revisou para baixo suas previsões de crescimento para 2009 e 2010 na zona do euro.

Nos EUA, o índice da Universidade de Michigan ficou em 69 pontos. Trata-se do maior nível desde setembro do ano passado, ficando em 69 pontos. No mês passado, o índice ficou em 68,7 pontos. Mesmo assim, o resultado ficou abaixo das expectativas dos investidores, que previam um resultado entre 69,5 e 71 pontos.

"A incerteza sobre empregos e salários continua alta e constitui uma barreira significativa para o planejamento das compras", diz a pesquisa da universidade, segundo a agência de notícias Reuters. "A recuperação econômica deve ser mais fraca que o previsto, levando os consumidores a esperarem um período mais longo até que a recuperação ganhe ímpeto."

O gerente da consultoria Financial Enhancement Group, Joe Clark, disse à agência de notícias AP (Associated Press) que os investidores já absorveram todas as boas notícias que podiam para impulsionar os negócios, e que será preciso um novo fluxo de dados positivos para dar nova força aos negócios.
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