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Notícias / Brasil

Pegadinha de Carnaval faz folião arrecadar R$15 por hora

Terra

A brincadeira faz parte do espírito carnavalesco e pode ser testemunhada nas ruas do sítio histórico de Olinda. Angelo Arruda, 41 anos, também palhaço Estrela, tem feito uma pegadinha com o termo dúbio, latão. Ao anunciar “Dois latões por R$ 5” atrai clientes interessados em comprar duas cervejas, em lata de 475ml (o chamado "latão"). Quando os clientes pedem o produto, ele entrega dois latões de tinta, vazios.

“Eu faço a brincadeira, as pessoas riem se divertem e, algumas, acabam me dando um dinheirinho – porque digo que preciso beber”, conta Angelo. Ao seu lado, Ana Paula Reis, 33 anos, se diverte e reforça o pedido por um dinheiro, “para a gente beber”. Eles acumularam R$ 15 em uma hora de pegadinha.

Antônio Carvalho Brasga, 59 anos, fez de sua fantasia uma brincadeira. Ele enfaixou o corpo inteiro, a mão, maquiou o rosto como se tivesse com olho roxo e outros hematomas e colocou muletas para atrair a atenção de quem passa. “A toda hora me chamam para tirar fotografias”, conta.

O bloco Sexagenários tratou de escrever suas brincadeiras em placas que são levadas pelos foliões. “Dinheiro e mulher bonita, até hoje, só vi na mão dos outros” é uma dessas placas. Outras são rápidas em descrever uma situação cômica. “Tô correndo atrás do prejuízo, mas parece que ele é queniano”.

Na subida da ladeira da prefeitura, no sítio de Olinda, um grupo mantinha um tonel e um balde – ambos vazios. Os que chegavam perto demais corriam o risco de acharem que iam tomar um banho, com a simulação de um balde com água.


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